Professores da UFPR e da UTFPR decidem continuar a greve

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) rejeitaram a proposta do Planalto e decidiram continuar a greve, que completa hoje 76 dias. Em duas assembleias na tarde de ontem, o não à oferta governamental e o apoio à manutenção do movimento grevista foram praticamente unânimes.

Na UFPR, apenas seis professores, entre os 280 que compareceram, votaram pela aceitação da proposta e pelo encerramento da greve. Na UTFPR, somente sete entre 111 participantes defenderam o fim da paralisação. As duas instituições estão sem aulas desde 17 de maio.

Em todo o Brasil, professores de 57 das 59 instituições federais de ensino superior estão em greve. Até a noite de ontem, em pelo menos 35 delas a proposta dos ministérios da Educação e do Planejamento já havia sido rejeitada. O número deve aumentar até a noite de amanhã, quando a decisão da categoria será informada ao governo, após a realização de assembleias em todas as universidades em greve.

O governo oferece reajuste salarial entre 25% e 40%, em três parcelas anuais, até março de 2015. “Apenas pequena parte dos docentes terá o reajuste maior. A proposta não compensa perdas com a inflação e não avança na reestruturação da carreira”, diz o secretário-geral da Associação dos Professores da UFPR, Rogério Miranda Gomes.

Radicalização

Esta é a terceira proposta rejeitada pelos professores. O impasse deixa as universidades sem perspectivas para o retorno às atividades normais. Ontem, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, voltou a afirmar que esta é a oferta final. Mas o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) continua irredutível e recomenda a radicalização do movimento.

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