Professores da UFPR aceitam proposta do MEC

Mais uma vez, contrariando a recomendação da Associação Nacional dos Docentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andes), os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram não entrar em greve amanhã. Eles resolveram aceitar a proposta do governo, que ofereceu um reajuste variando entre 15 e 25% sobre os salários. Foram 71 votos a favor, 34 contra e duas abstenções. Ontem e hoje, sindicatos dos docentes de todo o País votam a mesma proposta.

A presidente da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), Maria Suely Soares, conta que as negociações com o governo federal retrocederam. Mesmo assim, eles resolveram aceitar a proposta. Os professores pediam a extinção da gratificação que premiava os professores levando em conta a produtividade (Gratificação de Estímulo a Docência – GED) e que os valores fossem incorporados ao salário. No entanto, o governo propôs substituir a GED por outra gratificação, e o reajuste oferecido é de 100% sobre o novo benefício, o que deve aumentar entre 15 e 25% o salário geral dos docentes.

Os professores também pediam a paridade nas negociações. Segundo Maria Sueli, anteriormente já havia sido acordado que os aposentados receberiam os mesmos benefícios que os da ativa. No entanto, na última rodada o governo voltou atrás. Os aposentados que recebiam 60% da GED passam a receber 65%. Os professores também querem que as outras duas gratificações que recebem sejam extintas, e os valores incorporados aos salários. Até agora, o governo ofereceu um montante de R$ 372 milhões para os reajustes. Mas os professores pediam R$ 440 milhões para que a paridade entre ativos e aposentados fosse garantida. Hoje, a categoria está com o salário defasado em 127%.

Segundo Maria Sueli, o governo quer provocar um racha na categoria e acabou fazendo um acordo com o sindicato, que representa parte dos professores federais que atuam no 1.º e 2.º graus. “O reajuste foi maior para estes docentes do que os do Ensino Superior”, fala.

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