Professores da rede estadual ficarão em estado de greve

Professores da rede estadual de ensino aprovaram ontem, em assembleia, entrar em estado de greve para garantir que a categoria fique mobilizada até o cumprimento da folha complementar de pagamento, programada para o próximo dia 17. Pela manhã, os professores saíram em passeata e cobraram do governo o prazo para pagamento das duas parcelas de reajuste salarial, aprovado no início desta semana na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Beto Richa.

A primeira é de 6,66%, retroativa a julho, e a segunda chega a 6,65%. A administração estadual divulgou que a segunda parcela deve ser paga a partir de outubro. Segundo o Sindicato dos Professores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), as duas parcelas fazem parte da negociação com o governo, alcançando os 19,55% de reajuste, necessários para equiparar os salários dos professores da rede estadual de ensino ao piso salarial nacional da categoria. O índice de 5,1% foi pago em maio. A parcela de julho não foi paga, gerando protesto. A terceira já estava prevista para outubro.

Reivindicações

De acordo com a APP-Sindicato, a categoria tem pauta maior de reivindicações, que também atinge atrasos nos pagamentos de promoções desde janeiro, melhoria do Sistema de Assistência à Saúde (SAS) – que atende os servidores – e o encaminhamento do projeto com o novo plano de carreira dos funcionários da rede estadual. “Muitos funcionários têm o menor salário do quadro do executivo estadual, menor até do salário mínimo regional”, afirma Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicato. O prometido pelo governo, de acordo com a entidade, seria pelo menos 3,54% de reajuste salarial. Com este índice, o salário dos funcionários atingiria o piso regional. A APP defende aumento de 8,59% aos funcionários. No final da tarde de ontem, o vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns, afirmou que essa reivindicação será atendida com novo plano de carreira.

Além das reivindicações dos professores estaduais, a paralisação das atividades nas escolas no dia 30 de agosto serviu para marcar o dia de luta da categoria, realizado desde 1988 na mesma data.

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