Todas as unidades de atendimento da Secretaria Municipal da Saúde estão aptas a diagnosticar e tratar a tuberculose – uma antiga doença infecciosa de transmissão aérea que, mesmo tendo tratamento e cura, é classificada pelo Ministério da Saúde como em estado de emergência e, por isso, prioridade na política de saúde coletiva. Apesar de estar em queda, o número anual de casos novos registrados na cidade gira entre 400 e 500. Nesta segunda-feira (17), o Brasil promove o Dia Nacional de Combate à Tuberculose.

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A tuberculose ocorre quando uma pessoa contaminada elimina o bacilo de Koch por meio da tosse, do espirro ou da fala e contamina alguém sadio. Para adoecer, o indivíduo precisa estar com a imunidade baixa. É o caso de pessoas desnutridas, imunodeprimidas ou sujeitas a condições inadequadas de moradia.

O principal sintoma dessa doença é a tosse por mais de três semanas – seca no início e, depois, acompanhada de secreção. Ao evoluir, provoca febre discreta ao cair da tarde e escarro com sangue. Nessa fase, a pessoa já perdeu peso e não tem apetite.

O que fazer

– Em caso de suspeita, orienta o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, é indispensável procurar a unidade de saúde mais próxima de casa para investigar a possibilidade. Amostras de escarro são coletadas no próprio local e encaminhadas para o Laboratório Municipal de Curitiba, que emite o laudo em até 48 horas.

Se o resultado for positivo para tuberculose, o paciente precisará fazer um tratamento com antibióticos específicos, sem custos, durante seis meses. “O importante é identificar a doença o quanto antes, levar a sério o tratamento do começo ao fim e nunca abandoná-lo ao primeiro sinal de melhora. Quem dá alta é o médico”, frisa Ducci, que também é pediatra com área de atuação em Pneumologia. Atualmente, o índice de cura em Curitiba é de 73% e o de abandono fica em 10%. Essas informações referem-se a 2007. Até o final do terceiro trimestre deste ano o município contava 312 casos novos.

O Brasil é 15º no ranking dos 22 países responsáveis por 80% dos cerca de 8 milhões de casos anualmente registrados no mundo. A incidência nacional é de 47 por 100 mil habitantes. Nesse contexto, Curitiba está entre os 315 municípios que concentram 70% dos casos identificados no país e, por isso, a Secretaria Municipal da Saúde trabalha intensamente para baixar o coeficiente de incidência, que no ano passado era de 30/100 mil habitantes. A busca ativa permanente de pessoas com os sintomas entre moradores de regiões de risco é uma das estratégias para mudar esse quadro. No início da década o total de notificações superava 500 por ano.

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