Prefeito veta projeto de lei que altera nome de Foz

O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, anunciou ontem, o veto ao projeto que determina a mudança na grafia do nome da cidade para Foz do Iguassu. Durante entrevista coletiva e com a presença do deputado estadual Reni Pereira e do vereador Geraldo Martins, o prefeito assinou o veto à lei que havia sido aprovada na Câmara de Vereadores por 8 votos a favor e quatro contrários, em 19 de outubro.

A decisão foi embasada numa consulta popular que havia sido determinada pelo prefeito à Secretaria da Comunicação Social, e que ouviu 4.108 pessoas. ?Depois de consultada a população, não nos restou outro caminho que não seja vetar esse projeto?, anunciou Mac Donald, observando que não discutiria os motivos de os iguaçuenses serem contrários à mudança.

?Nossa responsabilidade como representante do povo, em primeiro lugar, é ouvir a população. A população é senhora e soberana. Ela nos colocou nessa posição e é em nome dela que a gente trabalha e procura proporcionar melhoria da qualidade de vida para todos?, argumentou.

Ele reiterou que, pessoalmente, é favorável ao ?ss?, até porque há quase 20 anos se utiliza, no segmento turístico, a terminologia Destino Iguassu. ?Porém, a minha posição pessoal, neste momento, é absolutamente secundária. Tenho como obrigação, e por princípio, ouvir a população?, acrescentou.

Das 4.108 pessoas ouvidas, 91,30% votaram no pedido para que o prefeito vetasse o projeto. ?Foi de prova insofismável, em várias consultas que eu fiz pessoalmente em assembléias, em reuniões, e a pesquisa feita, a população se manifestou terminantemente contra, em números extremamente expressivos?, ressaltou.

O prefeito mencionou ainda que uma festa no domingo o deixou mais seguro de sua decisão. Segundo ele, durante a comemoração, no Arroio Dourado, mais de 300 pessoas se manifestaram a favor do cedilha, e apenas cinco eram favoráveis ao ?ss?. ?Isso me ajudou a tomar a decisão de vetar o projeto?, concluiu.

Caso a Câmara de Vereadores venha a derrubar o veto do prefeito, a lei volta para as mãos do prefeito, para sanção, coisa que ele afirmou que não vai fazer. Caberá, então, ao presidente da Câmara promulgar ou não a lei. Se o veto for mantido, o projeto é arquivado. 

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