Entre abrigar parte da Escola de Música e Belas Artes (Embap) e permanecer como espaço de exposições, o destino da atual sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC) deve ser o meio do caminho. Pelo menos esta foi a proposta que saiu ontem da reunião entre a diretora da Embap, Suzana Sonza, o diretor do MAC, João Henrique do Amaral, e a secretária da Cultura, Monica Rischbieter.
“A idéia é fazer uma parceria com a Belas Artes, que ocuparia o andar superior e a entrada da rua Desembargador Westphalen, enquanto que as duas salas do térreo permaneceriam como espaço de exposição”, resumiu a secretária. “O governador Jaime Lerner ficou sensibilizado com a manifestação dos artistas, e deixou bem claro que não vale a pena abrir mão do MAC”. Contudo, todo o acervo do museu será mesmo transferido para o Edifício Castelo Branco, no Centro Cívico. Mesmo porque Lerner decidiu criar o museu e precisa agora do recheio.
Com esse uso híbrido, parte do prédio atual seria administrado pela Embap, e a outra continuaria sob a responsabilidade da Secretaria Estadual da Cultura. Monica também concorda com a direção da Belas Artes, que espera não só um novo espaço, mas também dinheiro para a infra-estrutura necessária. “Se fizermos essa parceria, será necessário um investimento neste espaço”, confirma. Ela diz ainda que a proposta será discutida com os artistas e a comunidade. “Em breve o projeto como um todo será aberto para uma discussão com a sociedade. Será tudo muito claro”, adianta.