Só no Paraná, existem cerca de 600 mil hectares de floresta de Pinus elliottis, espécie de árvore também presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas. Utilizado na fabricação de celulose e papel, na serraria e laminação, o Pinus sp. é considerado extremamente importante para a economia, gerando um retorno considerável de divisas e impostos para o País. Entretanto a espécie é constantemente ameaçada por pragas de difícil controle e monitoramento. Atualmente, técnicos e pesquisadores lutam para se livrar do pulgão Cinara spp. ? Cinara pinivora e Cinara atlantica – e da armilariose, doença causada pelo fungo Armillaria sp.

O assunto está sendo discutido, até amanhã, por estudantes, professores e técnicos da Embrapa no Mabu Hotel, em Curitiba. Segundo o pesquisador da Embrapa Édson Tadeu Iede, o pulgão do gênero Cinara foi registrado no Brasil entre os anos de 1996 e 1998 e é originário dos EUA e do Canadá. Não se sabe como o pulgão entrou no País, se pelo transporte irregular de mudas ou de correntes de vento, mas é certo que ele alimenta-se da seiva da planta, podendo também injetar-lhe saliva tóxica.

A conseqüência é o amarelecimento e queda das folhas, deformação de troncos em árvores jovens, retardo de crescimento, superbrotação, bifurcação e mesmo morte da planta. “A Cinara pode provocar perdas de crescimento das plantas em até 28% de altura e 14% de diâmetro”, conta Edson. “Como não existe inimigo natural ao pulgão e a disponibilidade de alimento é abundante, ele encontrou no Brasil condições ideais de desenvolvimento. Uma solução seria a promoção de melhoria das condições ambientais através da introdução de inimigos naturais.”

Armilariose

Já a armilariose é uma doença conhecida em várias partes do mundo, sendo constatada não só em espécies do gênero Pinus, mas também de Araucaria e Eucalyptus em estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. “A doença inicia-se com amarelecimento geral da copa, seguido por seu murchamento. Esses sintomas ocorrem pouco antes da morte das árvores, quando todo o sistema radicular acha-se colonizado pelo fungo”, explica Édson.

De acordo com a Embrapa, existem poucas informações sobre a extensão dos danos da Amilariose em pinus. “Entretanto, os registros de sua incidência e distribuição vêm aumentando significativamente, alcançando índices de mortalidade considerados expressivos”, alerta o pesquisador.

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