Fiscalização

Postos seguem na mira dos órgãos públicos

Os postos de combustíveis seguem na mira dos órgãos públicos. O Ministério Público (MP) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) concluem hoje a operação para verificar a licença ambiental dos estabelecimentos de Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e litoral. A fiscalização começou na terça-feira e o balanço será divulgado hoje.

Levantamento divulgado na metade do ano pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) revela que, entre 3,5 mil postos do Estado, 1,2 mil não cumprem normas técnicas e estão com seus equipamentos, como tanques, tubulação, pisos e bombas, fora do prazo de validade e sem condições de uso. A irregularidade mais comum é a contaminação do solo.

Alta

E a polêmica sobre a alta no preço dos combustíveis continua. Apesar da multa de R$ 1.177.277,00 aplicada pelo Procon-PR e pelo MP ao Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), a entidade informa que não recebeu nenhum documento de cobrança. O presidente da entidade, Roberto Fregonese, estava em Buenos Aires, na Argentina. O Procon-PR enviou o documento pelos Correios e o aviso de recebimento da correspondência, assinado por representante do sindicato, ainda não chegou ao órgão.

Enquanto isso, os postos que não aumentaram os valores continuam lotados. No posto Extra, no Parolin, o movimento é intenso desde terça-feira da semana passada. O litro da gasolina era vendido a R$ 2,49 e ontem passou a R$ 2,59, em aumento repassado pela distribuidora, mas que não desanimou os motoristas. São mais de 30 mil litros vendidos por dia.

“Moro na CIC, mas vim até aqui para não dar força ao cartel. Não é pelos centavos de diferença, mas é porque lá a maioria está roubando”, diz o aposentado João Maria Rodrigues Almeida que esperou quase duas horas para abastecer. A assistente social Adelir Padilha também aguardou por mais de uma hora para encher o tanque. “Temos que fazer boicote contra os postos, por isso vim aqui”.