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População no Ganchinho pode dobrar em poucos anos

O bairro Ganchinho, em Curitiba, pode praticamente dobrar a sua população em um curto espaço de tempo diante da grande quantidade de conjuntos habitacionais que estão sendo construídos na região. Serão entregues 2.796 unidades habitacionais entre este mês e junho de 2013. O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 indica que o Ganchinho tinha na época uma população de 11.178 pessoas. A estimativa é que mais 10 mil pessoas vão se instalar no bairro em pouco tempo.

A preocupação de quem já mora no Ganchinho é com a infraestrutura necessária para acompanhar este desenvolvimento na região. As primeiras moradias já estão sendo entregues para os beneficiados. São pessoas atendidas pelos projetos de retirada de população em áreas de risco e que estavam na fila da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). “Ainda não foram construídas mais unidades de saúde, creche, escola. Já há dificuldade para conseguir vaga nas estruturas existentes hoje. Os pais já estão procurando vaga para o ano que vem”, afirma Vera Lúcia Soares Peres, presidente da Associação de Moradores das Moradias 23 de Agosto, no Ganchinho.

De acordo com ela, o que já existe de estrutura para serviços públicos nem sempre atende a demanda da população local, diante de um crescimento acentuado nos últimos anos. Ainda faltam espaços de lazer e de cultura, que ajudariam a manter ocupados os jovens e crianças do bairro. “Fora o que as escolas fazem, não tem mais nenhuma opção. Sem esporte e lazer, as crianças ficam nas ruas porque os pais estão trabalhando”, comenta.

Promessas

A Cohab informa que o bairro conta com dois centros municipais de educação integral, duas escolas de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e uma unidade de saúde. Para atender os novos moradores, a região receberá mais uma escola municipal, um colégio estadual, uma creche e uma unidade de saúde. As áreas para isto já estão reservadas. Linhas de ônibus serão estendidas para atender a nova demanda. Devido ao atraso nas obras dos equipamentos públicos, as secretarias de educação de Curitiba e do Estado buscam alternativas para os alunos que passarão a viver na região. Uma das soluções é garantir o transporte até escolas em bairros vizinhos.