Símbolo da paz, os pombos podem representar prejuízos à saúde da população. Em Curitiba, é comum ver em prédios e, principalmente nas principais praças da capital do Estado, esses tipos de aves buscando alimentos, água, abrigo e, consequentemente, transmitindo diversas doenças para as pessoas.

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Na última sexta-feira (16), alunos do curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tiveram as aulas suspensas depois de uma infestação de piolhos de pombos. Segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) da Secretaria Municipal de Saúde, Juliano Ribeiro, que atendeu o caso, os pombos se alojaram no forro em cima da sala de aula. “No local tinham muitas fezes e ninhos das aves, que acabaram provocando a criação de piolhos e atingiu os alunos. A área foi interditada até que a limpeza do local fosse realizada”, contou.

Ribeiro explicou que os pombos preferem ficar em locais altos, como prédios e grandes construções e também nas praças, principalmente próximas a locais onde pipocas são vendidas. “Os pombos vieram para o Brasil juntamente com a família real. Essas aves vivem em regiões dos penhascos do Mediterrâneo. Assim, no Brasil, eles encontram nos altos edifícios penhascos artificiais que são capazes de produzir seus ninhos facilmente e de adaptação rápida”, comentou.

“Os pombos são animais que comem de tudo. Por serem animais que representam a paz, as pessoas, naturalmente dão de comer aos pombos e não sabem o mal que estão cometendo. Com alimentação fácil, eles perdem a capacidade de buscar comida”, salientou.

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Apesar do risco de transmissão de doenças para a população, a única medida a ser tomada pelo Centro de Controle de Zoonoses e Vetores é a orientação. De acordo com Ribeiro, o trabalho é feito com comerciantes e donos de edifícios. “Não temos como fiscalizar toda a cidade. A Prefeitura orienta a população com folders, passando nos estabelecimentos e nos prédios. Mas infelizmente não é suficiente. Coibindo o acesso, o abrigo, o alimento e a água para os pombos, não conseguiremos resolver o problema, mas a diminuição será vista rapidamente”, alertou.

UFPR

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Em nota, a Bióloga Gestora Ambiental da UFPR, Regina Célia Zanelatto informou que as aulas foram ministradas normalmente na última sexta-feira (16). Ela afirma também que a instituição está ciente do problema da presença de pombos no Prédio Central e vem buscando minimizar o problema através de bloqueios de abrigo dessas aves, bem como campanhas de conscientização com a população acadêmica e do entorno, buscando evitar a oferta de alimentos.

Além disso, uma empresa especializada foi contratada para o controle dos animais, bem como a limpeza de todo o Prédio Central, evitando a infestação de piolhos de pombos e demais doenças provocadas por estas aves, sendo a última dedetização realizada no sábado do dia 10 do corrente mês.

A Pró-Reitoria de Administração (PRA) da Universidade firmou uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, para buscar soluções em conjunto para o controle de pombos.