Ponta-grossenses fazem manifesto pró-Medicina

Estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e membros da comunidade ponta-grossense fizeram uma manifestação, ontem à tarde, na Assembléia Legislativa (AL) e em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, para defender a reabertura do curso de Medicina da instituição. Eles lotaram as galerias do Plenário da AL para acompanhar o deputado Plauto Miró Guimarães (PFL) protocolar um projeto de decreto legislativo que pretende anular o decreto 1.247/03, que suspendeu o curso de Medicina da UEPG. Após, os manifestantes seguiram ao Executivo, onde protocolaram um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas e foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Caíto Quintana. O secretário sinalizou com a possibilidade de o governador Roberto Requião (PMDB) receber o reitor da UEPG, Paulo Roberto Godoy. Quintana também explicou que o decreto apenas suspende e não extingue o curso, podendo voltar a funcionar assim que o Estado tenha recursos para isso.

Vestidos em sua maioria de preto e usando máscaras cirúrgicas para simbolizar a medicina, os manifestantes oscilaram entre aplausos e vaias durante os discursos dos parlamentares. Miró, que teve como base de campanha a criação do curso e era uma das lideranças no governo Lerner na AL, foi aplaudido. Ele disse que não é verdade que seriam gastos R$ 70 milhões para manutenção do curso, recomendando inclusive ao governo do Estado que invista na educação e não na mídia de Ponta Grossa para defender a suspensão do curso.

O deputado Ângelo Vanhoni (PT), líder do governo na AL, foi vaiado em alguns momentos de seu discurso. Vanhoni disse que o decreto de Miró não vai passar. Para os acadêmicos, explicou que é uma suspensão e não o fim do curso, levantando a possibilidade de reabertura com a vinda de recursos do governo federal. “Cada aluno de uma universidade estadual custa hoje R$ 5 mil por ano. Há uma proposta para que o governo federal repasse aos estados 15% desse valor, assim o Paraná seria beneficiado com cerca de R$ 50 milhões e poderia reabrir o curso”, afirmou.

Voltar ao topo