A Boca Maldita foi na manha deste sábado (18) palco para a manifestação feita por policiais militares e bombeiros do governo do Paraná. Eles protestam por causa dos excessos verificados por eles dentro das corporações, redução da jornada semanal para 30 horas, regulamentação do programa de progressões e promoções, entre outros itens. Perto das 11h o grupo saiu pela Rua XV em caminhada até a Praça Santos Andrade.

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Exemplo disso é a censura ao aplicativo WhatsApp além de perseguições ocorridas por conta de manifestações durante a última operação verão, quando vários policiais e bombeiros que prestaram serviços no litoral tiveram os pagamentos atrasados.

Policiais reclamam de assédios na corporações. Foto Lineu Filho.

Segundo o presidente da União das Praças do Corpo de Bombeiros, Henri Francis, há dezenas de pautas, como a falta de pagamento de promoções e progressões da carreira, mas o momento é para questionar a pressão que o estado tem feito contra categoria.

“É preciso rever toda essa regulamentação que mantêm esses abusos contra a base”, diz. O mote do protesto é “Paz Sem Nós é Medo”. Francis conta que chegou ao limite e citou um caso como exemplo.

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“Conheço um bombeiro que teve contra si aberta uma sindicância por não ter pedido licença para sentar na hora do almoço. Outro por não ter batido continência. Isso é assédio explícito”, contou.

Ele ressalta a importância de rever todo esse sistema que oprime os policiais e bombeiros militares. “Como pregam os direitos humanos se eles não são respeitados dentro das instituições? Isso gera um problema grave no atendimento da população”, avalia.

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Os manifestantes colocam em xeque os regulamentos militares. Destacam, inclusive, que a Constituição Federal precisa prevalecer sobre essas normas internas. Francis lembra que o artigo 5º da Constituição determina que “todos são iguais perante a lei”.

Com informações da repórter Paula Weidlich.

Grupo seguiu em caminhada pela Rua XV mostrando para a população a situação da categoria. Foto Lineu Filho.