Polícia vai ouvir médicos que atenderam arquiteta

Os médicos que atenderam a arquiteta Marilu Leonardelli Guavalski, 29 anos, que morreu na última sexta-feira vítima de infecção generalizada, devem prestar depoimento na próxima segunda-feira. O delegado Armando Braga de Moraes Neto encaminhou ontem ofício ao Hospital Cajuru e à Secretaria Municipal de Saúde. A família alega que houve negligência e falha no diagnóstico e tratamento. As complicações seriam decorrentes da picada de aranha marrom.

O delegado já colheu depoimento dos familiares de Marilu e pelas informações e prontuários acredita-se que houve falha no atendimento. No dia 27 de outubro Marilu foi atendida no Hospital Cajuru e após realizar vários exames não foi constatado nenhum sinal de infecção grave. Ela foi encaminhada para continuar tratamento em postos de saúde. Depois ela procurou a unidade de saúde Ouvidor Pardinho, onde segundo a família, foi constatado que se tratava de pêlo encravado. Em dias posteriores foram procuradas as unidades de saúde do Boa Vista e Campo Comprido, onde foi diagnosticada picada de aranha marrom. Segundo o delegado, quando a picada da aranha foi diagnosticada pela primeira vez, no Boa Vista, a arquiteta já apresentava sintomas graves e ela deveria ter sido internada. Segundo a família, a recomendação no posto era para esperar dois dias para iniciar o tratamento porque ela estava muito fraca. A arquiteta só foi internada no outro dia quando ela procurou a unidade do Campo Comprido. O laudo do Instituto Médico Legal que atesta a causa da morte da arquiteta deve ficar pronto em 15 dias.

O advogado da família, Edson Stadler, espera a conclusão do inquérito para entrar com uma ação indenizatória contra os médicos e a Prefeitura de Curitiba. “Ela era filha única e cuidava dos pais que são doentes”, conta o advogado. Ele também deve entrar com uma representação junto ao Conselho Regional de Medicina.

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