Polícia Federal pára por 24 horas

A Polícia Federal vai parar hoje por 24 horas, em adesão ao protesto nacional contra a reforma da Previdência. A paralisação começa às 8h e deve atingir 70% da categoria. Os outros 30% devem garantir a manutenção dos serviços essenciais, conforme determina a lei federal.

No Paraná, atuam cerca de seiscentos policiais federais; cerca de 150 apenas em Curitiba. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Paraná, Naziazeno Florentino Santos Júnior, apenas serviços essenciais devem funcionar hoje, como a emissão de passaportes urgentes ? casos de estrangeiros que estejam com o visto vencendo ?, oitiva e inquéritos. Em Foz do Iguaçu, a Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal vão realizar operação-padrão na tríplice fronteira.

Para o presidente do sindicato no Paraná, os pontos mais graves do projeto da reforma da Previdência são a taxação de inativos, quebra de paridade entre ativos e inativos e o não-recebimento integral na aposentadoria. “O funcionário público contribui inclusive com um valor maior do que o trabalhador da iniciativa privada. Não é justo não receber a aposentadoria integral”, defende.

Florentino lembra que a paralisação de hoje é apenas “a sinalização de descontentamento”. “Nada impede que haja greve por tempo indeterminado”, ameaça. “Tudo vai depender das negociações.” A última greve da Polícia Federal foi em 1994, quando a categoria parou por 63 dias, em protesto contra a defasagem salarial.

Servidores da UFPR cruzam os braços

O servidores técnicos administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vão parar as atividades por 72h. A decisão foi tomada ontem, durante assembléia da categoria no Restaurante Universitário (RU) da universidade. A decisão segue o indicativo da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), e deverá ser seguida por outras instituições federais do Brasil.

Os servidores param as atividades a partir de hoje, e só voltam ao trabalho na quinta-feira. A categoria rejeitou a proposta de greve por tempo indeterminado, pois vão esperar a repercussão dessa paralisação. O principal objetivo da mobilização é protestar contra o projeto da reforma da Previdência, proposta pelo governo federal. Hoje também, outros servidores de órgãos federais devem parar as atividades.

O Sindicato dos Professores da UFPR (APUFPR) está convocando todos os docentes para uma mobilização contra a reforma. No período da manhã haverão mobilização internas, e a tarde, a categoria vai se concentrar na praça Santos Andrade para um ato público. Também participam da manifestação servidores do Cefet, Receita Federal e Estadual, Previdência Social, Judiciário Estadual, IBGE, Saúde e Trabalho. (Rosângela Oliveira)

Servidores da Justiça Federal aderem à greve

Os servidores da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral do Paraná aprovaram o indicativo de greve contra a reforma da Previdência. O movimento nacional dos servidores federais está marcado para hoje, mas a assembléia de ontem do sindicato que representa a categoria, o Sinjuspar, estabeleceu ontem que será feito um corpo-a-corpo com a categoria e amanhã haverá nova assembléia para definir a participação na greve. O presidente do Sinjuspar, Pedro Manoel Neto, explicou que hoje eles avaliaram como está sendo a greve dos demais servidores, para somente depois partir em definitivo para a greve. “Vamos fazer um trabalho de sensibilização aqui em Curitiba e no interior”, contou, destacando que a Justiça Federal do Paraná conta com cerca de 1.500 funcionários. Já a Justiça Eleitoral tem aproximadamente quinhentos servidores.

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