Polícia e MP investigam denúncia sobre vale falso

O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil investigam a circulação de fichas falsas de vale-transporte em Curitiba. A Promotoria de Defesa do Consumidor quer saber se houve conivência da Urbs – empresa municipal responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo – com os vales falsos.

A Urbs alega que um dos motivos da substituição das fichas metálicas pelo cartão magnético foi o derrame de vales falsos. Segundo a empresa, as fichas vinham sendo usadas indevidamente como dinheiro, incentivando a formação de quadrilhas de falsificadores.

O procurador de Justiça Ralph Luiz dos Santos, coordenador da promotoria, já recebeu dezenas de reclamações de usuários do sistema de ônibus de Curitiba a respeito da troca de fichas por créditos do chamado cartão-transporte, que começou em setembro, quando os vales metálicos deixaram de ser aceitos nos ônibus. Em média, a cada cinco fichas, uma tem sido considerada falsa.

Segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR), ao trocar as fichas, o usuário deve sempre exigir que seja emitida uma declaração. Nesse documento deve estar especificado o número total dos vales apresentados e a quantidade das fichas metálicas retidas como falsas.

O Procon recebeu muitas reclamações de não-emissão da declaração quando é feita a verificação e troca da ficha metálica. “É direito do consumidor ter um documento que poderá ser utilizado para um possível ressarcimento do valor das fichas retidas como falsas, uma vez que o consumidor/usuário, na grande maioria, adquiriu esses vales metálicos da Urbs”, disse o coordenador do Procon-PR, Algaci Túlio.

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