Polícia Digital identifica 47 mil carros irregulares

O Programa Polícia Digital ? inédito no País ? já flagrou 47.426 veículos com algum tipo de irregularidade, entre os meses de fevereiro e junho. Desse total, 48 eram roubados e 27 tinham mandado de busca e apreensão. Também foram identificados 46.656 carros não licenciados e 695 veículos sem comunicação de venda (a transferência não foi feita no prazo determinado).

?O sistema dobrou a agilidade da polícia nas blitze. Antes de fevereiro, os critérios das abordagens eram aleatórios, pela condição visual dos veículos. Agora, todo veículo que é parado é porque o computador constatou alguma irregularidade?, explica o comandante do BPTran, tenente-coronel Ivan Fonseca.

Segundo ele, o Polícia Digital é importante para reforçar ainda mais o combate à criminalidade, principalmente na prevenção e repressão ao furto e roubo de veículos. Funciona como uma blitz eletrônica e permite a identificação rápida através de câmaras. Com o sistema, as polícias Civil e Militar atuam integradas, com apoio do Detran e da Receita Estadual.

Sem a interceptação seletiva monitorada eletronicamente, o BPTran conseguia, no máximo, apreender seis veículos por hora. Com o sistema, o número médio de apreensões em uma hora dobrou para 12. ?E ainda temos a vantagem de se utilizar menos policiais?, afirma Fonseca.

?O Polícia Digital representa um notável avanço no combate ao furto e roubo de veículos. Também é uma ferramenta que ajuda a encontrar pessoas procuradas pela polícia ou condenadas pela Justiça que trafeguem por nossas ruas e estradas?, diz o secretário da Segurança Pública, José Tavares.

Funcionamento – Um equipamento de gravação de imagens capta o número da placa de todos os veículos (motos, carros, picapes, caminhões ou ônibus) que passam pelo local onde está instalado o Polícia Digital. Um software transmite a leitura aos bancos de dados do Detran e das polícias Militar e Civil.

Em tempo real, o sistema integrado diz quais veículos ou proprietários estão em situação irregular ? furtados, placas clonadas, carteira de motorista suspensa ou cancelada ou se o dono é foragido da Justiça. Nesses casos, uma luz vermelha acende e é emitido um sinal sonoro (diferente a cada situação). Dessa forma, motorista é parado para verificação de toda a documentação pessoal e do veículo. ?Quem está com sua situação em dia nada tem a temer, e isso é um incentivo aos cidadãos de bem?, ressalta Tavares.

Postos – Com a consolidação em Curitiba e Região Metropolitana, onde há nove câmaras fixas e cinco móveis, o Polícia Digital está sendo levado para Londrina, que já possui três câmaras. No mês de agosto devem ser instalados os primeiros aparelhos em Foz do Iguaçu. Os equipamentos também serão colocados nas praças de pedágio das rodovias do Anel de Integração. ?Queremos cobrir todo o Paraná no prazo mais curto possível”, informa Tavares.

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