A polícia deve receber hoje o laudo da perícia que pode apontar o responsável pelo envio de mensagens de apologia às drogas e fotos pornográficas usando o site da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A perícia do computador deveria ter sido entregue ontem, conforme anunciara o delegado Guaraci Joarez Abreu, titular da Delegacia de Crimes contra a Administração Pública. Mas acabou atrasando, porque o perito estaria sobrecarregado.
Com o laudo pronto, a polícia espera encontrar algum rastro da pessoa que tenha entrado no sistema. O spam com conteúdo pornográfico circulou no início de junho e, segundo o advogado da CNBB, Marino Galvão, ficou disponível apenas durante algumas horas.
Na última segunda-feira, houve acareação com quatro suspeitos: Gustavo Todeschini de Andrade, irmão de Juliano ? dono do computador apreendido, de onde teria sido enviada a mensagem ?, seu sócio Giocondo Artigas Neto, Eduardo Nogueira – gerente de informática da CNBB, e Juarez Kriger Neto, que mora no mesmo prédio de Eduardo. Todos os quatro são técnicos em informática, enquanto Juliano é engenheiro civil e mora no Rio de Janeiro. Segundo o delegado, nenhum suspeito pode ser descartado por enquanto.
O criminoso pode ser enquadrado em quatro crimes do código penal, com penas que variam de seis meses a cinco anos de reclusão, e ainda pode ser penalizado pela Lei de Antóxicos, que prevê de três a quinze anos de prisão.