A Polícia Científica do Paraná realizou nesta sexta-feira (5) mais uma etapa de coleta de material genético de pessoas privadas de liberdade em Foz do Iguaçu. A ação, que contou com apoio da Polícia Penal e Polícia Civil, integra o trabalho de atualização do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) e visa ampliar a identificação genética de custodiados condenados.
A coleta faz parte do esforço para garantir que todos os presos condenados pelos crimes previstos na Lei de Execução Penal tenham o perfil genético registrado. O procedimento é obrigatório e contribui para a elucidação de crimes, revisão de casos antigos e prevenção da violência. Em 2025, já foram realizadas coletas em várias cidades do Paraná, incluindo cerca de 2000 novos perfis no BNPG.
Raul Lessa, chefe da Unidade de Execução Técnico-Científica de Foz do Iguaçu, explica que o objetivo é extrair perfis genéticos de condenados por determinados crimes para futuros confrontos e auxílio na elucidação de casos não solucionados. A coleta é feita de forma indolor, através de swab de saliva, respeitando a dignidade do custodiado.
A Polícia Penal atua no levantamento dos custodiados, organização interna das unidades prisionais e apoio operacional. O Instituto de Identificação da Polícia Civil participa coletando impressões digitais para vincular ao DNA, garantindo precisão na identificação.
O Banco Nacional de Perfis Genéticos funciona como ferramenta de comparação, cruzando cada novo DNA com vestígios de crimes em todo o país. Desde maio de 2024, o número de perfis genéticos cadastrados criminalmente no Brasil aumentou 15%, chegando a 193.395 registros. O Paraná contribui com 8.426 perfis, um crescimento de 82% em 12 meses.
Até maio de 2025, o banco registrou 10.661 coincidências confirmadas, auxiliando em 7.673 investigações em todo o país. O Paraná contribuiu com 519 dessas investigações por meio de perfis coletados no estado, demonstrando a eficácia da tecnologia na resolução de crimes.



