Determinada pela Justiça, a reintegração de posse de uma área no Balneário Grajaú, no município de Pontal do Paraná, no litoral do Estado, aos herdeiros de Rafael Guarinello só será realizada após a elaboração de um estudo da Polícia Militar (PM). Apesar de ainda não ter sido notificada oficialmente, a instituição afirmou que o uso de força será empregado somente em último caso.
A retomada da reintegração, agora com apoio policial, foi autorizada pela juíza Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, da Vara Cível de Matinhos, na última segunda-feira. O processo que determinou a restituição de posse começou em 1976 e está transitado em julgado, sem possibilidade de recurso.
Na área há cerca de 200 imóveis, que tiveram suas escrituras canceladas em 1993. Apesar disso, os donos já disseram que pretendem resistir à retirada das casas, e protestaram contra a medida nessa semana.
Segundo a assessoria de imprensa da PM, o estudo para a restituição de posse inclui um cálculo de quantas pessoas estão no local, com detalhes como o número de crianças. Outros fatores que devem ser considerados são o grau de rivalidade presente na reintegração e para onde os desabrigados serão levados após o cumprimento da ação. Ainda segundo a assessoria, a solução será negociada com os réus para que a saída seja consensual.
Para o presidente da Associação de Moradores do Grajaú, Heraldo José Fornaroli, pelo menos uma indenização pelas benfeitorias feitas nos lotes terá de ser negociada antes da saída da região. ?Não somos posseiros?, repete. Já para a juíza, quaisquer ressarcimentos terão que ser discutidos em ação judicial posterior.