Consulta

Plebiscito pede eleições diretas no Colégio Estadual

O plebiscito realizado na última quinta-feira no Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, revelou que a maioria da comunidade escolar gostaria que a escolha da direção fosse feita por meio de eleições diretas.

Ela ocorre atualmente por indicação do governo do Estado. Das pessoas que participaram da consulta, 2.610 pessoas pediram mudança e 345 se posicionaram contra. Foram registrados também três votos em branco e dez nulos.

Participaram do plebiscito alunos, professores, funcionários e pais de alunos. Dos 4.601 alunos matriculados, 2.710 votaram e destes, 2.422 são a favor das eleições diretas. O CEP tem 478 funcionários e professores, mas nem todos votaram.

A mudança no processo de escolha recebeu 173 votos a favor e 52 contra. Dos 24 pais que participaram, 15 votaram pela mudança e 9 pela manutenção do sistema.

O CEP é o único colégio estadual do Paraná que possui um regime diferenciado das demais escolas para a escolha dos seus diretores, conforme a Lei Estadual n.º 14.321.

No mesmo dia em que o CEP realizava o plebiscito, a comunidade escolar de 2,1 mil estabelecimentos de educação do Estado ia às urnas escolher seus diretores, que ficarão no cargo por três anos.

Segundo o deputado estadual Mouro Moraes (PMDB), o resultado da consulta pode fazer com que o projeto de lei que pretende mudar a forma de escolha da direção no CEP seja desengavetado. Segundo ele, a Presidência da Assembléia Legislativa já sinalizou sobre a possibilidade de isso ocorrer na próxima semana.

“O clima constante de tensão é uma prova concreta de que a maioria da instituição não está satisfeita com o atual regime. Se todos tivessem participado da consulta, certamente o percentual de rejeição ao atual processo seria maior”, comentou.

No fim do ano passado, os alunos do colégio começaram a fazer mobilizações pedindo a saída da atual diretora, Maria Madselva Ferreira Feiges, acusado-a de fazer uma gestão antidemocrática. A reportagem de O Estado procurou a diretora e a Secretaria de Estado da Educação, mas ambas não quiseram comentar o assunto.

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