Pipa presa em fios da rede elétrica é um perigo real

Quem passa todos os dias pela Avenida Comendador Franco, mais conhecida por Avenida das Torres, já deve ter percebido o grande número de pipas, papagaios, pandorgas e restos de rabiolas enroscados nos fios de alta tensão ao longo da via. Apesar das insistentes campanhas educativas da Companhia Paranaense de Energia (Copel) sobre o perigo em se realizar esta prática perto da rede, ainda há quem se arrisque nesses locais.

Segundo a assessoria de imprensa da Copel, só em 2011, foram realizadas palestras para mais de 16 mil crianças, alunos de escolas da rede pública e particular em Curitiba, região metropolitana e litoral do Paraná, sobre segurança com energia elétrica e cuidados com pipas. O supervisor do setor de segurança da Copel, Gerson Luiz Gorski, explica que a companhia realiza uma limpeza periódica nos fios porque as rabiolas colocam em risco os próprios técnicos que trabalham na manutenção da rede. “Felizmente não tivemos nenhum acidente nos últimos sete anos, mas é importante reforçar que as pessoas não devem tentar retirar as pipas enroscadas. Os únicos locais seguros são aqueles longe da rede elétrica, como parques e campos de futebol”, alerta.

Além disso, Gorski recomenda que as pessoas não utilizem fios metálicos, linhas metalizadas ou com cerol na confecção das pipas, pois são materiais que conduzem eletricidade. “Além de poluir no visual, uma pipa pode também causar uma interrupção de energia, causar curto circuito ao encostar um fio no outro ou enroscar próxima das chaves, causando transtorno à população”, diz.

Fim das torres?

Ao contrário da Avenida Visconde de Guarapuava, a revitalização da Avenida das Torres não inclui a retirada das torres e cabos do meio da via, como muitos imaginam. Em 2009, um projeto do vereador Caíque Ferrante (PRP) chegou a prever a retirada das estruturas e o aterramento dos cabos de alta tensão existentes ao longo dos dez quilômetros da via, desde a subestação da Copel até o pórtico de São José dos Pinhais, mas não saiu do papel.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, no projeto de revitalização da via para a Copa serão retiradas apenas duas torres, na altura do cruzamento com a Avenida Francisco H. dos Santos, para construção do viaduto estaiado.

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