Petroleiros do Paraná e SC ameaçam paralisação

Petroleiros do Paraná e Santa Catarina pararam por 24 horas em protesto contra a proposta da Petrobras à Federação Única dos Petroleiros (FUP). A estatal oferece reajuste salarial de 6,5%, o que representa ganho real entre 0,9% e 1,2%. A categoria reivindica a reposição da inflação de acordo com o Índice de Custo de Vida (ICV/Dieese) mais 10% de ganho real.

De acordo com Silvaney Bernardi, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), a paralisação tem como principal proposta reabrir as negociações entre trabalhadores e Petrobras. “Como recusamos a contraproposta, queremos negociar. Se as conversas permanecerem paradas, há grande possibilidade de, aí sim, termos greve de proporções maiores, que pode afetar diversos setores do País”, alerta. A classe também exige a renegociação de itens como auxílio alimentação, remuneração mínima por nível e regime, adicional de penosidade e reescalonamento da tabela do adicional por tempo de serviço.

No Paraná, a mobilização atingiu a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, a Usina do Xisto de São Mateus do Sul e os terminais Transpetro de Paranaguá. Para não prejudicar o abastecimento de combustíveis, a Petrobras manteve os funcionários do turno anterior trabalhando. Os trabalhadores que entraram as 15h30 de terça-feira e deveriam sair as 23h30 do mesmo dia foram mantidos nos postos de trabalho.

Abastecimento

Em nota, a Petrobras confirmou o trabalho por mais de 18 horas seguidas, mas que o fato foi acordado entre os trabalhadores. A empresa alega que há revezamento interno entre os funcionários para que não haja exaustão. A nota ainda cita que as manifestações não afetaram a produção e afasta o risco de desabastecimento.

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