Petrobras vai baratear recuperação de rodovias

Convênio anunciado pelo ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e pelo governador Roberto Requião, vai viabilizar a recuperação de estradas no Paraná que não estão sob concessão. Segundo ele, a Petrobras vai fornecer ao Estado cimento asfáltico a preço de custo e em troca o governo assume a manutenção de algumas estradas federais. “Com o asfalto a preço de custo poderemos intensificar a recuperação de todas as estradas no Paraná”, comemorou o governador.

Além dos trechos federais, que serão determinados pelo Ministério dos Transportes, o material poderá ser usado na recuperação de parte da malha estadual. “Na realidade, o que se busca com essa parceria é fazermos essas obras com um custo de até 50% menos daquilo que faríamos da maneira convencional. É um convênio muito interessante”, afirmou Waldyr Pugliesi, secretário dos Transportes.

Pugliesi lembrou que desde o início do ano já foram recuperados mais de sete mil quilômetros das estradas paranaenses, que estavam em péssimo estado de conservação. “Foi uma herança muito difícil que recebemos, mas a determinação do governador é que seja feita a transformação dessa situação. Não nos cabe ficar choramingando, temos que fazer com que o povo saiba o que aconteceu, ao mesmo tempo em que resolvemos o problema”, avaliou o secretário.

Na última quinta-feira, o governador e o secretário estiveram em Reserva, região Central do Estado, para dar a ordem de serviço para a recuperação de mais 74 quilômetros de estrada. No total, serão 110 quilômetros da PR 441 recuperados.

No início do ano foi feito levantamento da situação das estradas e a partir desse estudo foram estabelecidas as ações que estão sendo realizadas pela Secretaria dos Transportes, que vão desde a recuperação de pontes até a operação tapa-buracos. “A malha rodoviária do Paraná será recuperada por essa ação firme que é determinada pelo governador Requião”, garantiu Pugliesi.

Também participaram da reunião, que ocorreu na última sexta-feira (21) na Granja do Cangüiri, residência oficial do governo, o presidente do DNIT, Washington Lima; o superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião; e o procurador-geral do Estado, Sergio Botto de Lacerda.

Falta de conservação compromete a 476

Quem transita pela Rodovia do Xisto, BR476, no trecho entre os municípios da Lapa e São Mateus do Sul, não consegue ficar alheio aos problemas na rodovia. A falta de conservação da estrada compromete a segurança dos viajantes, dificultando-lhes o percurso. Ao longo do trecho, são percebidos buracos nas pistas, placas de sinalização quase que totalmente escondidas pela vegetação, acostamentos danificados e pontes não sinalizadas e sem muretas de proteção.

“A última vez que passei pela rodovia, durante a noite, percebi que uma série de buracos começava a se formar no asfalto”, revela o técnico em agropecuária Bruno Tiago Vandresen, que mora na Lapa. “Se não houver manutenção constante da BR, o tráfego intenso de veículos vai fazer com que, com o passar do tempo, a situação da estrada piore cada vez mais.”

Dnit

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que existe um contrato de conservação do trecho Lapa?São Mateus do Sul já licitado, aguardando homologação em Brasília. Não há previsão de quando o documento será homologado. Segundo o órgão, recentemente foram feitos trabalhos de tapa-buracos no local, mas devido às chuvas que atingiram a região, os buracos voltaram a aparecer. Com o contrato de conservação, obras mais sólidas devem ser executadas.

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