Pesquisa da PUCPR vai facilitar vida dos diabéticos

Facilitar a vida de pessoas portadoras de diabetes Mellitus do tipo 1 ou diabetes insulino-dependente, doença auto-imune, onde o sistema de defesa do paciente destrói as próprias células responsáveis pela produção do hormônio insulina. Esse é o objetivo de uma pesquisa com células-tronco desenvolvida desde o início do ano pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Fundação Pró-Renal e Cryogene-Criogenis Biológica.

O trabalho visa fazer com que células-tronco extraídas de cordão umbilical se desenvolvam e se transformem em células produtoras de insulina. Segundo o biólogo doutor em Genética Humana e professor do setor de Ciências Biológicas da PUCPR, Fabio Rueda Faucz, o primeiro passo é, logo após um parto, recolher o cordão-umbilical e fazê-lo passar por soluções específicas que promovam lavagem e filtragem das células-tronco.

O conjunto de células é colocado em placa de petri em solução com reagentes e nutrientes, que faz com que as células ?pensem? que estão no próprio ambiente e passem a se multiplicar. ?É justamente nesse ponto do trabalho que estamos. No momento, procuramos desenvolver um meio de cultura que faça com que as células se multipliquem de forma rápida e em grande quantidade. Atualmente, o que temos faz com que as culturas de células cresçam de forma muito lenta, o que não é ideal?.

Encontrado o meio de cultura próprio e adquirida uma quantidade suficiente de células, os pesquisadores, através de utilização de técnicas e produtos especiais, devem começar a agir para que as células-tronco comecem a se transformar em células do pâncreas, que são produtoras de insulina.

Posteriormente, as mesmas devem ser testadas ao ser transplantadas em grupos de animais. Se houver sucesso, devem ter início testes em seres humanos. ?Não sabemos quanto tempo tudo isto pode levar, mas nossa expectativa é de que dentro de quatro anos possamos começar os testes em animais?, explica Fabio.

Futuramente, se as células forem implantadas com sucesso em humanos, elas podem substituir os transplantes de pâncreas, que hoje são os únicos tratamentos capazes de livrar os diabéticos da injeções de insulina.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo