Em escolas públicas e particulares é comum flagrar crianças carregando mochilas repletas de livros e cadernos. Muitas vezes, o peso do material é excessivo e os estudantes chegam a andar com as costas curvadas para poder suportá-lo, o que é bastante condenado por médicos ortopedistas.
?Se carregadas por um grande período de tempo, em trechos longos, as mochilas com excesso de peso podem ocasionar sobrecarga de coluna e muscular?, afirma o cirurgião de coluna e médico ortopedista do hospital infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba, Luiz Eduardo Munhoz da Rocha.
Na tentativa de evitar o problema na capital paranaense, o vereador Jorge Bernardi (PDT) lançou um projeto de lei sugerindo o estabelecimento de um peso máximo do material didático a ser transportado diariamente. O documento recomenda que o peso não ultrapasse 5% do peso corporal das crianças de até dez anos de idade e 10% do peso das crianças com mais de dez anos. ?Acredito que, atualmente, os colégios exigem que os alunos carreguem coisas demais?, diz.
No texto do projeto, o vereador coloca que o material que não precisa ser utilizado pela criança em casa deve ficar guardado em armários fechados na própria escola. Esses devem ser individuais e fornecidos de forma gratuita aos estudantes. O projeto também estabelece que seja aplicada multa às instituições de ensino públicas e privadas que não obedecerem às determinações.