Pastoral disputa “Nobel” da criança

A Pastoral da Criança foi indicada ontem para concorrer à premiação, denominada pela mídia internacional como o “prêmio Nobel pelos direitos das crianças”. Ele é uma iniciativa da ONG Children?s World e premia instituições ou pessoas que realizam trabalho de defesa dos direitos das crianças em todo mundo. Além da Pastoral estarão concorrendo à premiação o sudanês James Aguer, devido a sua luta obstinada contra a escravidão infantil em seu País e Maggy Barankitse, que há 10 anos luta pelos direitos das crianças vítimas da guerra em Burundi.

Todos os premiados receberam doações em dinheiro. Há duas categorias na premiação: o Prêmio dos Amigos Mundiais, numa votação que será feita através da internet e pela revista Globen, por crianças de todo mundo; e o Prêmio das Crianças do Mundo, que será escolhido por um júri internacional formado por doze crianças, entre eles um brasileiro. A entrega dos prêmios será feita pela rainha Sílvia, da Suécia, no País nórdico, dia 28 de abril.

A fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, disse que a indicação para o prêmio é um reconhecimento internacional ao que a Pastoral está fazendo no Brasil. “Eles (a ONG) vieram aqui no ano passado. Fizeram filmagens para mostrar o que faz a Pastoral, mas não haviam contado para que era”, relatou Zilda. Ela destacou que a Pastoral da Criança trabalha em 3 mil comunidades de 3.555 municípios do Brasil. São beneficiadas pelo trabalho da Pastoral, que envolve 22 ações, 1,6 milhão de crianças.

Cabo eleitoral

O capixaba Gedeílson Costa Santos, de 15 anos, é o brasileiro e o único sul-americano que participará do júri infantil. Gedeílson contou que embora nunca tenha morado na rua, já trabalhou como vigia e lavador de carros. Ele cresceu muito ligado ao Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, em Colatina (ES). “Embora respeite os outros candidatos, vou prestigiar o trabalho que está sendo feito próximo a mim pela Pastoral da Criança”, declarou seu voto, afirmando que vai agir como um cabo eleitoral da Pastoral junto aos outros membros do Júri internacional.

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