Passeata pede paz em bairro de Curitiba

Os moradores do loteamento Jardim Pinheiros, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, fizeram ontem uma passeata pedindo paz. No mês passado, William Lombardi, de 17 anos, foi assassinato com um tiro à queima-roupa. Eles exigem que o autor seja preso. Segundo o delegado do 12.º Distrito Policial (DP), Rubens Recalcati, o assassino é Maicon Roberto Sirema. Ele confessou o crime e um inquérito foi instaurado.

O adolescente foi morto no dia 20 de julho, às 19h30, em uma rua do bairro. Ele estava acompanhado da namorada, Suellen Cordeiro da Silva. Ela conta que os dois iam à casa dela. O autor do crime dava a ré em seu carro e ia atingir um senhor com uma criança no colo. Para evitar o atropelamento, William teria colocado o pé na traseira do veículo e quebrado uma das lanternas, houve troca de insultos. Instantes depois, Maicon voltou atrás dos jovens, se aproximou e deu um tiro no olho do rapaz. Suellen namorava o rapaz há 10 meses. Eles estavam prestes a ficar noivos.

A comunidade ficou revoltada com a banalidade que motivou o crime. A iniciativa de promover o manifesto partiu dos professores e da direção do Colégio Estadual Pinheiro do Paraná. De acordo com a diretora, Maria Vaney Rigonato, os alunos ficaram inconformados com o ocorrido. “Aqui tem violência, mas nunca nada parecido com isso. Não queremos que isto volte a se repetir”, falou. Atividades para discutir o assunto estão sendo realizadas na escola e a manifestação fez parte dos eventos.

A mãe do garoto, Marta Godói Santos, está revoltada. Ela espera que o autor seja preso o mais rápido possível. “Não quero que isto aconteça mais. Tenho medo pelos meus outros filhos”, disse. Mariza Victor era colega de trabalho de Guilherme. “Ele era uma pessoa boa. Nunca fez nada de mau para ninguém. A gente está indignado. Como alguém mata outra pessoa assim, a sangue frio, sem nenhum motivo?”, questiona.

De acordo com Recalcatti, até o dia 25 de julho o inquérito deve estar concluído, mas a data depende da entrega do laudo de criminalística e do Instituto Médico Legal. Só após a conclusão, Maicon poderá ser preso, já que ele tem direito de responder em liberdade porque não houve flagrante e possui endereço fixo.

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