Partidos deixam restaurante lotado

Além de lucrarem com casamentos e eventos relacionados a datas comemorativas, os restaurantes também têm o seu movimento reforçado com as eleições. Só o Madalosso, em Curitiba, o maior do Brasil e segundo do mundo, faturou 20% a mais neste mês, sediando convenções nacionais e estaduais de alguns partidos. O PSDB, o PFL e PSL já passaram por lá e o próximo da lista é o PSC.
O líder do PFL na Assembléia Legislativa, Durval Amaral, explica que a principal razão para escolher o restaurante é o fato de que ele tem espaço para abrigar uma grande quantidade de pessoas, entre convidados e convencionais. Além disso, o almoço é servido no próprio local, possibilitando um melhor aproveitamento do tempo.
Só o PSDB levou seis mil pessoas ao Madalosso. A conta dos convencionais ficou em R$ 78 mil reais. ?A gente fecha o restaurante só para eles. O cardápio servido é o tradicional?, diz o gerente Ernani Ribas Vale. Mas, para atender tanta gente são contratados mais dez garçons, além dos 131 que trabalham de modo alternado na casa.
Os números do restaurante são bem generosos. Na reunião do PSDB, foram gastos cerca de seiscentos quilos de farinha, três mil ovos nas massas e 1.800 quilos de frango.
Para dar conta do recado, os garçons começam a arrumar a casa por volta das 9h e às 11h tudo já está pronto. Como o restaurante possui quatro mil lugares, muitas vezes é necessário um segundo turno para atender o restante de convidados. Mas, o garçom Alexandre Alberto Tavares comenta que a troca de pratos e talheres é uma operação rápida. ?Em dez minutos, os outros 2 mil lugares da convenção do PSDB estavam prontos?, conta.
Mas se as convenções dão mais trabalho, elas também ajudam a aumentar a renda dos trabalhadores, já que 10% do lucro fica com os garçons. Alexandre fala que em dias normais recebe R$ 40,00. Nesses eventos, o valor sobe para R$ 80,00.

Voltar ao topo