Parques de Curitiba precisam de melhorias

Curitiba é caracterizada pelos belos parques e bosques. Ao todo, são trinta espaços dentro da cidade que oferecem aos turistas e à própria população uma série de opções de lazer e contato com belezas naturais. No entanto, esses locais, que deveriam oferecer apenas satisfação a seus visitantes, também possuem problemas que precisam ser resolvidos o quanto antes.

Os parques Barigüi e Tingüi, por exemplo, são os mais tradicionais da cidade. Ambos são muito freqüentados, tanto por turistas quanto pela própria população, que os procuram principalmente para a prática de exercícios físicos e convivência com amigos e familiares. Entretanto, os dois também possuem alguns problemas em comum: falta de segurança e mau cheiro dos lagos.

A vendedora Alexandra Zakaluchen, que junto com a filha Ana Júlia é freqüentadora assídua do Tingüi, conta que em alguns locais do parque o cheiro do lago é tão forte que chega a incomodar. Em recentes caminhadas pelo local, ela percebeu que em algumas partes do lago crescem dentro da água plantas que mais parecem pequenos pés de repolho, mas que na verdade são consideradas verdadeiras pragas. “Pelo que sei, essas plantas começam a aparecer na água devido à poluição, o que é bastante lamentável”, afirma. “Acho que o lago deveria ter uma atenção maior por parte das autoridades, pois em alguns locais do parque o cheiro da água é péssimo.”

No Barigüi, a reclamação é a mesma. O aposentado Katsuto Shima, que mora nas proximidades do parque e quase todas as semanas faz caminhadas no local, percebe problemas de assoreamento no lago, além de mau cheiro. “Noto que cada vez o volume do lago diminui mais. Além disso, há muita sujeira dentro da água”, diz.

Segurança

Outro problema considerado visível no Barigüi diz respeito à segurança. Embora tenham agentes da Guarda Municipal em circulação pelo local, poucas pessoas se atrevem a andar sozinhas pelo parque em horários de menos movimento durante os dias de semana. São consideradas mais perigosas a pista de caminhada e ciclismo que passa ao lado da BR-277 e os caminhos localizados dentro do parque, que ligam a Avenida Manoel Ribas à Avenida Cândido Hartmann.

O próprio aposentado Katsuto revela que já teve problemas. Há cerca de dois meses, ele estacionou seu carro nas proximidades de algumas churrasqueiras, saiu para caminhar e, quando retornou alguns minutos depois, encontrou seu automóvel aberto. “Os bandidos chegaram a abrir o carro e tentaram dar partida. Felizmente não conseguiram”, lembra.

Parques menores

Em parques menores e menos freqüentados, os problemas de segurança parecem ser mais evidentes. É o caso do parque Iberê de Matos, mais conhecido como Parque Bacacheri. Localizado nas proximidades da Avenida Paraná, o lugar é freqüentemente visitado por moradores próximos. “Há pouco tempo, ladrões levaram um monumento que havia em frente ao parque. Isso assusta os moradores próximos, que acabam se sentindo inseguros”, comenta o representante comercial Manoel Fraiz, que há seis anos tem o costume de caminhar pelo parque.

No recém-inaugurado Parque Atuba, que foi oficialmente entregue à população no último dia 28 de março e é considerado o mais novo empreendimento de lazer da cidade, alguns problemas já começam a ser percebidos pela comunidade. “Um amigo meu veio passear no parque e teve sua bicicleta levada por ladrões. O lugar é muito bonito, mas ao redor existe muito mato fechado, o que facilita o trabalho de assaltantes. Acho que parte desse mato deveria ser roçado”, opina o aposentado Floriano Cvhepluki, que mora no bairro Atuba.

Parque Iguaçu é o maior do Brasil

Inaugurado em 1976, na região Sul-Sudeste da cidade, o Parque Regional do Iguaçu é considerado o maior parque urbano do Brasil, com oito milhões de metros quadrados. Dentro dele, se encontra o zoológico de Curitiba, que abriga cerca de mil animais de oitenta espécies diferentes.

Durante os sábados, domingo e feriados, o parque fica lotado de crianças e adultos que se encantam com as belezas naturais. Cerca de 10 mil pessoas chegam a passar pelo local a cada fim de semana. Entretanto, segundo moradores de regiões próximas, de segunda a sexta-feira, o lugar só é freqüentado por funcionários ou por alunos de algumas escolas que se organizam em pequenas excursões.

Segundo o serralheiro Pedro Pacheco, que trabalha há dois meses em uma propriedade particular próxima ao parque, em determinados horários dos dias de semana não se vê uma única pessoa dentro do parque. “As lanchonetes ficam fechadas e o lugar fica completamente vazio. A gente não vê ninguém e não escuta barulho algum de gente”, revela.

O pedreiro Jorge Kozloski mora perto do parque e, muitas vezes, transita pelas ruas que dão acesso ao local. Ele conta que sente medo de andar sozinho. “Há muito mato nas laterais das ruas que dão acesso ao parque. Nunca me aconteceu nada, mas como estas ruas ficam praticamente desertas, sinto muito medo quando tenho que passar por elas.”

Tanto Jorge quanto Pedro acreditam que deveria ser feita alguma coisa para atrair a população ao parque em dias de semana. “Deveria ser feito algo para chamar a atenção da comunidade e também para atrair mais escolas ao local”, acredita o serralheiro.

Normalidade

A diretora do departamento de zoológicos da Prefeitura de Curitiba, Ana Silvia Miranda Passerino, diz que é normal o movimento ser pequeno em dias de semana, mas nega que ele seja quase nulo. “Em média, por semana, seis escolas visitam o parque de terça a quinta-feira, que é quando ele está aberto ao público. Porém, temos a intenção de que o número de escolas visitantes aumente”, comenta.

Ana Silvia informa que, também em dias de semana, muitos animais presentes no zoológico são levados a hospitais, asilos e mesmo a escolas. A intenção é que as pessoas, além de conhecerem os animais, possam ter um contato maior com eles e com o próprio zoológico. (CV)

Diretora garante: PM realiza segurança

A diretora de parques e praças da Prefeitura de Curitiba, Denise Pascoal, garante que a segurança nos parques é constantemente realizada por agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Quanto ao mau cheiro e aos problemas existentes nos lagos dos rios Barigüi e Tingüi, ela explica que ambos são formados pelas águas do rio Barigüi, que nasce no município de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana.

“Áreas localizadas nas proximidades do rio são bastante loteadas e existem residências que jogam seus resíduos diretamente na água. Em parceria com a Sanepar, estamos tentando identificar essas irregularidades, o que melhoraria o aspecto do rio e, conseqüentemente, dos lagos”, informa. “No lago do Parque Barigüi, estamos realizando trabalhos de desassoreamento na área que fica entre as avenidas Manoel Ribas e Cândido Hartmann.” De acordo com Denise, é realizada uma série de serviços de manutenção periódica em todos os parque e bosques da cidade.

Deficiente físico não tem vez no Bosque Alemão

Inaugurado em 1996, no bairro Jardim Schaffer, próximo ao centro de Curitiba, o Bosque Alemão homenageia a cultura e as tradições trazidas pelos imigrantes da Baviera. Porém, na maior parte de seus 38 mil metros quadrados de área, o acesso de pessoas com deficiências físicas é considerado limitado.

O lugar possui uma escadaria extensa, uma trilha ecológica repleta de degraus e piso considerado irregular, o que dificulta a locomoção de pessoas que dependem de cadeiras de rodas ou muletas. Não existem rampas nem elevadores de acesso à parte inferior do bosque, onde se encontra o portal da imigração alemã.

“Por lei, nenhum logradouro público pode ser construído sem acesso a deficientes físicos. Os que não possuem rampas e banheiros especiais, por exemplo, devem ser adaptados”, comenta a assistente social da Associação Paranaense de Reabilitação, Naira Elizabeth Alves. “Infelizmente, não só em Curitiba, mas em diversas regiões do País e do mundo, as barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade dos deficientes a determinados locais ainda são bastante evidentes.”

Na opinião do vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Hermes Gomes Pereiras, o acesso a locais como o Bosque Alemão não é dificultado apenas aos deficientes, mas também a pessoas idosas ou que estejam com problemas temporários de locomoção. “As dificuldades de acesso aos locais acabam inibindo os deficientes, que muitas vezes acabam não tendo oportunidade de conhecer determinados locais ou mesmo ficando cada vez mais isolados dentro de casa. O mesmo acontece com os idosos”, afirma. “A limitação traz uma série de constrangimentos.”

Falta de solução

A diretora de parques e praças de Curitiba, Denise Pascoal, reconhece que os deficientes encontram dificuldades para visitar os atrativos do bosque. Segundo ela, a estrutura foi construída em uma região irregular, onde existe um desnível grande entre as partes inferior e superior. “Nos preocupamos com isso, mas ainda não conseguimos encontrar um mecanismo que facilite o acesso de deficientes físicos”, diz. “A sugestão é que as pessoas que têm dificuldades de locomoção visitem a parte superior e, através de ruas próximas, desçam para conhecer o portal. Porém, existem outros parques planos e lineares, com estruturas próprias a deficientes, que se pode conhecer tranqüilamente.”

Comunidade defende S. Lourenço

Mau cheiro do lago, assaltos, lixo jogado em locais inadequados e poluição já foram tidos como problemas graves no Parque São Lourenço, localizado no bairro de mesmo nome. Hoje, graças ao empenho da comunidade vizinha, que resolveu adotar o parque e lutar por melhorias, a situação já é menos preocupante.

No ano 2000, foi fundada a Associação dos Moradores e Amigos do São Lourenço, com o objetivo principal de cuidar da recuperação e manutenção do parque. No início, a entidade era formada apenas por um grupo pequeno de pessoas. Hoje, já são cem associados e cerca de três mil pessoas intituladas “amigas do parque”.

“Pessoas de fora da cidade, que visitaram Curitiba e conheceram o parque, se juntaram à nossa luta. Atualmente, existem até pessoas no exterior que se comunicam com a gente e desejam que o parque se torne um lugar cada vez mais agradável e de preservação do meio ambiente”, conta o diretor de marketing da associação, César Paes Leme.

O principal projeto da entidade é a despoluição do Rio Belém e de seus afluentes, despoluindo assim o lago presente no São Lourenço. Recentemente, os associados entraram em contato com a Sanepar e estão trabalhando para identificar domicílios que tenham estações irregulares de esgoto. A intenção é de que o rio esteja totalmente sem poluição até o final do ano 2010. “Quando a associação foi criada, não havia peixes no lago do parque. Hoje já é possível detectar a presença dos alevinos”, conta César. A associação também trabalha com 26 escolas localizadas nas proximidades do São Lourenço, atingindo cerca de 16 mil estudantes.

60 anos de uma trajetória de sucesso

A Sadia, líder nacional em diversas atividades da indústria alimentícia, comemora 60 anos reafirmando sua posição na preferência dos consumidores brasileiros. De pequena empresa familiar para o grande complexo agroindustrial e comercial, a Sadia, atualmente, emprega mais de 34 mil funcionários, além do Sistema de Fomento Agropecuário, que mantém parceria com 5,3 mil granjas integradas de aves e 4,1 mil granjas integradas de suínos.

Desde 1971, a Sadia é uma companhia de capital aberto, tendo lançado suas ações na Bolsa de Nova York em 2001. Naquele mesmo ano, a marca Sadia foi eleita a mais valiosa do setor brasileiro de alimentos, em pesquisa divulgada pela Interbrand – consultoria inglesa, conhecida pela tradicional lista das 100 marcas mais valiosas do mundo – e reeleita em 2003 na mesma categoria.

Uma história de amor

“Sessenta anos. Uma História de Amor” é o tema da campanha comemorativa da empresa. A intenção é mostrar a relação de intensa confiança dos consumidores com os produtos da marca e sua identificação com os momentos felizes da família brasileira.

De acordo com o diretor de marketing, Gilberto Xandó, a pesquisa traduziu a verdadeira relação entre empresa e consumidores. “Quando constatamos a relação afetuosa entre nossa marca e os consumidores, decidimos compartilhá-la com o público”, afirma Xandó. Os filmes publicitários são finalizados com a imagem do “franguinho” da Sadia, garoto-propaganda criado nos anos 70 e ícone reconhecido pela simpatia e sinônimo de produtos de qualidade.

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