O Instituto Água e Terra (IAT) realiza neste fim de semana uma ação de manejo ambiental no Parque Estadual Salto São Francisco, localizado na região Central do Paraná. As trilhas que levam ao Salto São Francisco e ao Salto dos Cavalheiros ficarão fechadas no sábado (6) e domingo (7) para garantir a segurança durante o corte de espécies exóticas, principalmente pinus. Apenas o mirante permanecerá aberto para visitação.
A medida visa remover exemplares de pinus, árvore considerada exótica e invasora, que compromete o equilíbrio ecológico do parque e prejudica o desenvolvimento da flora nativa. A intervenção será coordenada por profissionais especializados, com apoio de voluntários e do Centro de Operações Aéreas (COA-IAT).
Juarez Baskoski, chefe das Unidades de Conservação administradas pelo IAT nos Campos Gerais e coordenador das ações no Salto São Francisco, destaca a importância da remoção para a conservação dos campos naturais e proteção da biodiversidade local. O controle de espécies exóticas é considerado essencial para assegurar o equilíbrio ecológico da Unidade de Conservação.
O pinus, originário da América do Norte, foi introduzido no Brasil há mais de um século. Suas sementes leves e aerodinâmicas podem se dispersar por até oito quilômetros, dificultando o controle. A planta sufoca e impede a regeneração da vegetação nativa, sendo considerada a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo, segundo o Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras.
O Parque Estadual Salto São Francisco abriga uma das maiores cachoeiras do Sul do Brasil, com 196 metros de queda livre. O local oferece paisagens que combinam cânions, campos naturais e trechos de Mata Atlântica preservada, sendo referência para o ecoturismo na região. A previsão é que as trilhas sejam reabertas na segunda-feira (8).



