Não tem como negar as belezas do Parque Tanguá, um dos principais cartões-postais da cidade. Porém, olhar mais atento no local que encanta turistas e curitibanos pode revelar problemas decorrentes da falta de manutenção. A prefeitura reconhece o problema e promete que a situação deve começar a mudar a partir da semana que vem.
Quem visita o parque pela primeira vez se encanta com o mirante, as fontes e as trilhas. Foi isso que chamou a atenção das bibliotecárias Simone Lopes Dias e Elizângela Soares, que vieram de São Paulo para um congresso. Elas esperavam conhecer a famosa cascata, símbolo do local, mas isso não aconteceu.
Para uma atendente que não quis se identificar, as dificuldades vão além da cascata desligada há mais de três meses. Ela também aponta a pintura manchada, os pontos de infiltração, algumas piscinas secas, as telhas quebradas e a sujeira de pombos. “É um dos parques mais bonitos da cidade, mas está largado. Sinto-me envergonhada como curitibana”, lamenta. De acordo com ela, os reparos demoram muito a ser feitos.
Normalização
A gerente de manutenção de parques e bosques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Walquíria Pizatto Lima, afirma que a manutenção passou por momento difícil durante o período de reavaliação dos contratos firmados com terceirizados. “Agora o serviço está se normalizando. A pintura e a reforma no mirante e na cascata serão iniciadas já na segunda-feira. Estamos nos preparando para receber os turistas no período de férias”, promete.
Nos demais parques, foram mantidas as roçadas e limpezas. “O contrato de manutenção é muito grande. São 42 unidades e aproximadamente dois milhões de metros quadrados de área a ser roçada, fora a manutenção das estruturas, edificações, pinturas e outros”, diz.
Parcerias em estudos
Apesar dos problemas, a gerente Walquíria Pizzato Lima afirma que o orçamento municipal comporta a manutenção nos parques. Mas não descarta novas parcerias público-privadas para cuidar dos espaços, como acontece no Jardim Botânico, e também a concessão do Parque Náutico, Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski a investidores. “Novas parcerias estão em estudo, mas sem previsões”, adianta.
Problema
Além da prefeitura, a população também é responsável pelas condições dos parques e praças. Walquíria afirma que é preciso sensibilização dos moradores em relação ao despejo de caliças em alguns parques, o que também prejudica a manutenção dos locais. De acordo com ela, o problema ocorre especialmente nos parques Caiuá, Diadema, Parque Linear Cajuru, São Nicolau, Tropeiros e nos fundos do Parque Tingui.



