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Paraná volta a suspender cirurgias eletivas; Sesa diz que resolução deve ser seguida em Curitiba

Equipe médica e paciente em UTI exclusiva covid-19
Equipe médica atende paciente em leito de UTI para covid-19. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

As cirurgias eletivas estão suspensas até o dia 15 de julho nos hospitais públicos e privados do Estado, conforme Resolução Sesa nº 587/2021, assinada nesta quarta-feira (30) pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. A medida ajuda a controlar a utilização de medicamentos do chamado kit de intubação nesse período em que a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)s continua alta.

Pouco tempos antes do anúncio da Sesa, a prefeitura de Curitiba divulgou que, entre as mudanças que estava promovendo nesta quarta-feira (30) no seu decreto sobre as medidas de enfrentamento à pandemia, havia a liberação das cirurgias eletivas. A Sesa, contudo, afirma que a resolução estadual deve ser seguida em Curitiba, por ser mais restritiva. A pasta se baseia na decisão de abril do ano passado do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata das competências concorrentes das diferentes esferas.

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Os procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia podem ser realizados, além de exames de caráter de urgência, com a assinatura do médico, ou a critério do profissional, desde que sejam considerados de urgência ou emergência. Da mesma forma, a Resolução autoriza o atendimento ambulatorial ou de hospital-dia que não utilizem medicamentos de bloqueio anestésico endovenoso.

A medida é necessária tendo em vista que o Estado passa por um momento de utilização massiva de anestésicos e relaxantes musculares. Os dados de ocupação da rede exclusiva de atendimento Covid-19 apontam índices de 94% em UTIs e 61% em enfermarias. São 1.881 pessoas internadas apenas na rede SUS nesta quarta-feira (30).

A decisão se soma ao novo decreto do Governo do Estado, que estende as medidas restritivas de circulação e de atendimento em estabelecimentos comerciais até o dia 31 de julho.