O Paraná alcançou uma marca histórica no cenário nacional e se tornou o Estado com o maior número de indicações geográficas (IGs) do país. Com o reconhecimento da ponkan de Cerro Azul pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Estado chegou a 21 produtos certificados, ultrapassando Minas Gerais, que possui 20 selos próprios e um compartilhado com São Paulo.
Só em 2025, o Paraná conquistou sete novas indicações geográficas. Além da ponkan de Cerro Azul, foram certificadas as broas de centeio de Curitiba, a cracóvia de Prudentópolis, a carne de onça de Curitiba, o café de Mandaguari, o urucum de Paranacity e o queijo colonial do Sudoeste do Paraná.
Estes novos produtos se juntam aos 14 que já possuíam o selo: aguardente de cana e cachaça de Morretes, goiaba de Carlópolis, uvas de Marialva, barreado do Litoral, bala de banana de Antonina, melado de Capanema, queijo da Colônia Witmarsum, café do Norte Pioneiro, mel da região Oeste, mel de Ortigueira, erva-mate de São Mateus do Sul, morango do Norte Pioneiro, camomila de Mandirituba e vinhos de Bituruna.
A conquista das certificações representa um importante avanço para a economia paranaense, já que as indicações geográficas agregam valor aos produtos e fortalecem a identidade regional. No Brasil, 139 produtos contam com esse reconhecimento, concedido há duas décadas pelo INPI para atestar a reputação e valor diferenciado de produtos caracterizados por seu local de origem.
Os produtos com IG apresentam qualidade única, resultado da combinação de recursos naturais específicos – como solo, vegetação e clima – com processos tradicionais de produção desenvolvidos ao longo dos anos pelas comunidades locais.
O processo de obtenção dos registros é conduzido por associações, sindicatos ou cooperativas que representam os produtores regionais. Em diversos casos, essas entidades contam com o apoio do Governo do Estado e do Sebrae-PR, que orientam sobre a importância do selo e sobre os procedimentos para certificação.
Para obter o selo, os produtos precisam adotar padrões de qualidade, técnicas sustentáveis e informações de rastreabilidade, modelo que facilita a inserção em mercados externos.
A indicação geográfica é concedida após rigorosa análise que verifica requisitos como a existência de caderno de especificações técnicas e delimitação da área geográfica. Existem duas modalidades: a Indicação de Procedência, mais comum, para regiões conhecidas como centros de produção; e a Denominação de Origem, para produtos cujas qualidades se devem exclusivamente ao meio geográfico.



