A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná implementou o Sistema de Informação em Saúde Silvestre – Georreferenciado (SISS-Geo) para monitorar em tempo real os Primatas Não Humanos (PNH), conhecidos como macacos, que atuam como sentinelas naturais da febre amarela. Criada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa ferramenta tecnológica é pioneira no estado e contribui para a ausência de casos humanos da doença.

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O SISS-Geo monitora os 399 municípios paranaenses. Entre julho de 2024 e junho de 2025, o sistema registrou 101 notificações de epizootias (macacos doentes ou mortos) em 23 municípios, sem confirmação de febre amarela. No mesmo período, foram notificados 44 casos humanos suspeitos, também sem confirmações.

O aplicativo SISS-Geo, gratuito e acessível ao público, permite o envio de fotos de animais para identificação da espécie. Funciona via satélite, dispensando internet para obter coordenadas em áreas de mata. A notificação inclui foto, espécie do animal e localização, chegando instantaneamente às equipes técnicas.

A cobertura vacinal contra febre amarela no Paraná é de 75,59%, superando a média nacional de 72,34%. A vacina, disponível em todas as unidades de saúde do estado, é a única forma comprovada de prevenção, levando cerca de 10 dias para garantir proteção completa.

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Autoridades de saúde recomendam que pessoas que vivem ou circulam em áreas de mata usem roupas de manga longa, calça comprida e repelente como medidas adicionais de segurança. É importante ressaltar que os macacos não transmitem febre amarela, mas são cruciais como sentinelas, adoecendo antes dos humanos e alertando sobre a circulação do vírus na região.