Paraná tem 16 novos casos de dengue

Nesta última semana, no Paraná, houve somente dezesseis novos casos de dengue ? quinze em Foz do Iguaçu e um em São Miguel do Iguaçu. Apesar do número de casos no Paraná, terem diminuído, a Secretaria de Saúde do Estado continua preocupada com a epidemia.

Segundo o médico Antônio Carlos Setti, diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde do Paraná, esta é a época certa para medidas de combate à doença. Com o clima frio, o mosquito Aedes aegypti tem dificuldade para se reproduzir, mas os óvulos têm resistência de até quatrocentos dias e, com temperaturas altas, voltam a se proliferar, conforme explica o médico. As Prefeituras não devem afrouxar as providências, para que a epidemia não se alastre durante o verão 2002/2003.

Outro alerta feito pelo médico é quanto ao tipo de dengue. As do tipo 1 e 2 são encontradas na maioria dos estados brasileiros, mas no Rio, onde se concentram 50 % do casos do Brasil, já existe a do tipo 3, o que aumenta a incidência de dengue hemorrágica, que se não for tratada corretamente pode levar à morte.

A Secretaria aguarda que o Ministério da Saúde, com o Plano Nacional de Controle da Dengue, que tem uma verba total de R$ 1 bilhão, envie recursos ao Paraná, que possibilitem a contratação de pessoas, veículos, aparelhos vaporizadores e o treinamento de médicos.

Para a execução das medidas preventivas são cerca de 9 mil agentes comunitários distribuídos, nos municípios do Estado. A participação da população, também, é muito importante, pois 80% dos criadoros do mosquito, estão no interior dos domicílios.

O Ministério da Saúde espera que estas medidas de prevenção reduzam em 50% os números de casos no país.

Pandemia

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que o mundo caminha, este ano, para uma pandemia de dengue, parecida com a de 1998, quando foi comunicado, oficialmente, o número recorde de 1,2 milhão de casos. Nas Américas, o vírus da dengue está se espalhando em vários países, mas a situação mais grave, segundo a OMS, é do Brasil, que tem registrado, oficialmente, 550 mil casos, metade deles no Rio, e 84 mortes.

Pouco mais de dois quintos da população mundial, cerca de 2,5 bilhões de pessoas, correm o risco o risco de contrair a doença, segundo dados da OMS.

Especialistas da OMS dizem que muito dinheiro é gasto no combate à epidemia, mas não na prevenção, ressaltando que o Brasil é a exceção.

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