Paraná restaura estradas opcionais às pedagiadas

O governo do Paraná vai recuperar as estradas Boiadeira (BR-487) e do Cerne (PR-090) na tentativa de criar alternativas para o pedágio. Estas rodovias ligam Curitiba e o centro do Estado às regiões Norte e Noroeste.

A Secretaria Estadual dos Transportes está elaborando um projeto que prevê trabalhos de tapa-buracos e restaurações em vários trechos de rodovias federais que cortam o Estado. As obras dependem da liberação de verbas do governo federal. As ações emergenciais vão custar, inicialmente, R$ 25 milhões. A recuperação das estradas Boiadeira e do Cerne custaria R$ 305 milhões, de acordo com um estudo da Secretaria. Ainda não existe previsão para conclusão das obras.

O secretário dos Transportes, Waldyr Pugliese, conta que a intenção também é melhorar o escoamento da safra, e permitir o desenvolvimento econômico em algumas regiões do Estado. O secretário chama as estradas Boiadeira e do Cerne como “rodovias de inclusão econômica”. “As regiões Central e do Vale do Ribeira, por exemplo, são deprimidas economicamente. Vamos abrir outra fronteira de desenvolvimento no Paraná”, afirma o secretário.

A Estrada Boiadeira (BR-487) possui 40 km com obras de pavimentação paradas e mais 80 km que ainda precisam de asfalto. Na do Cerne (PR-090), dos 456 km, 132 ainda não são asfaltados, entre Campo Magro e Piraí do Sul.

Outras rodovias

Segundo o secretário, o governo vai fazer operações tapa-buraco na BR-153, a Transbrasiliana, entre Santo Antônio da Platina e Ibaiti. No trecho que compreende Ventania e Alto do Amparo, ainda não há asfalto. A Estrada do Ribeira (trecho da BR-476) também vai ter a sua pavimentação concluída. Faltam 40 km, entre Tunas do Sul e Adrianópolis.

A BR-116, de São José dos Pinhais até Rio Negro, na divisa com Santa Catarina, vai ser recuperada. Também serão realizadas obras na Rodovia do Xisto (outro trecho da BR-476), entre Lapa e União da Vitória; na BR-163, entra Marechal Cândido Rondon e Guaíra; na BR-272, entre Guaíra e Francisco Alves. Na rodovia entre Cascavel e Toledo, os buracos já estão sendo tapados.

O recurso para as obras nas BRs virá do governo federal. De acordo com Pugliese, no último contato com o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, anteontem, ele informou que “não há possibilidade de colocar asfalto novo imediatamente e que somente R$ 25 milhões devem ser repassados inicialmente. “Estamos insistindo para que o governo federal dê atenção a isso”, garante o secretário. As verbas para as obras em estradas estaduais sairão dos cofres do Tesouro do Estado. Pugliese diz que deverão ser aplicados R$ 100 milhões até o fim do ano.

Segundo a Secretaria dos Transportes, são 12.400 km de rodovias estaduais, dos quais 2 mil não têm asfalto. Dos 10 mil restantes, 4 mil precisam de reformas. A extensão total das BR?s no Estado é 3.500 Km. Destes, 200 km ainda estão sem asfalto, 1.440 km precisam de reparo e 1.860 são pedagiados. As estradas municipais, atendidas em parceria da Secretaria com as prefeituras, somam 102 mil quilômetros.

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