Surto

Paraná registra primeiras mortes por H1N1 em 2016: duas jovens gestantes

Duas gestantes jovens são as primeiras vítimas fatais da gripe H1N1 no Paraná em 2016. As mortes, em Maringá e São José dos Pinhais, foram confirmadas nesta quinta-feira (7) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Este ano, desde janeiro, o Estado contabiliza 83 casos de influenza, o vírus causador da gripe, dos quais 60 de H1N1.

A paciente que morreu em Maringá tinha 22 anos, teve início dos sintomas em 13 de março e morreu no dia 18 com uma evolução rápida para um quadro grave de insuficiência respiratória. A gestante de São José dos Pinhais, de 25 anos, também apresentou os primeiros sintomas no dia 13 e morreu 15 dias depois, em 28 de março, por parada cardiorrespiratória. As duas apresentaram resultados positivos de exames laboratoriais para a presença do vírus H1N1.

A Secretaria da Saúde recomenda que ao apresentar os primeiros sintomas deve-se procurar atendimento médico e comentar a possibilidade de um quadro de gripe. “Em epidemias anteriores tivemos um número alto de óbitos em gestantes e jovens. Isso mostra que o cuidado deve ser redobrado nesses casos”, alerta a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.

Em 2015, o Paraná registrou 970 casos de Influenza, sendo 139 de H1N1. As mortes por gripe somaram 26, das quais quatro foram causadas pelo vírus H1N1.

Tratamento

Com a antecipação e o aumento de casos de influenza (gripe) no País, o estoque de medicamentos para o tratamento da doença está em níveis adequados no Paraná. Para atender à demanda dos 399 municípios do Estado, o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) conta, atualmente, com 83 mil tratamentos do Oseltamivir. O remédio é fornecido gratuitamente para toda a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

A orientação é que ele seja receitado a todos os casos suspeitos da doença, mesmo sem a confirmação laboratorial. “Recomendamos a prescrição do antiviral já no início dos sintomas, pois o medicamento é mais eficaz nas primeiras 48 horas do quadro gripal”, ressalta a chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria Estadual da Saúde, Julia Cordellini.