Saúde pública

Paraná registra mais oito mortes por conta da gripe A

A Secretaria de Estado da Saúde informa novos números sobre a gripe no Paraná. De acordo com o sexto boletim informativo da doença divulgado nesta segunda-feira (15), neste ano já foram registradas 800 amostras positivas para gripe. A maioria diz respeito ao vírus Influenza A H1N1 (376), seguido pelo vírus Influenza B (292) e pelo Influenza A H3N2 (130). Outras duas amostras foram pelo vírus Influenza A, mas sem distinção do subtipo viral.

O novo boletim também traz mais oito mortes pela doença no Estado. Elas ocorreram entres os dias 11 e 29 de junho. Os pacientes eram moradores de Santana do Itararé (2), Campo Mourão, Marialva, Curitiba, Piraí do Sul, Cianorte e Guarapuava. Das novas mortes, seis tinham doenças crônicas que contribuíram para o agravamento do quadro clínico dos pacientes.

De acordo com os prontuários dos pacientes, seis procuraram atendimento médico tardiamente, ou seja, pelo menos três dias após o início dos sintomas. A orientação da secretaria é que o tratamento seja iniciado preferencialmente nas primeiras 48 horas, visto que o medicamento antiviral (Oseltamivir) é mais eficaz neste período.

Cuidados

A secretaria estadual da Saúde reforça a importância da manutenção de hábitos saudáveis para prevenir a gripe e outras doenças respiratórias. Estudos mostram que a gripe se manifesta de maneira diferente em cada pessoa e que isso varia de acordo com aspectos que influenciam no grau de imunidade do indivíduo.

Segundo enfermeira da secretaria, Laurina Tanabe, se a pessoa está com a sua saúde em dia, mantendo uma alimentação saudável, dormindo bem e realizando atividades físicas periódicas, as chances dela adquirir o vírus da gripe [Influenza] e não evoluir para um quadro mais grave são maiores.

“A pessoa pode adquirir o vírus influenza e apresentar apenas sintomas mais leves, como tosse e febre de menor intensidade, destaca Laurina. “Contudo, mesmo assim, os hábitos de higiene são importantes, já que a transmissão ainda pode ocorrer”, completa.

Já pessoas com doenças crônicas pré-existentes e crianças, idosos e gestantes fazem parte dos chamados grupos de risco, por terem maior probabilidade de complicação pela gripe. “É importante que tenhamos atenção diferenciada com esse grupo. A gripe se manifesta de maneira repentina e por isso é essencial que haja acompanhamento médico desde o início dos primeiros sintomas”, explica a enfermeira.

A gripe, assim como outros vírus respiratórios, é transmitida através de pequenas gotículas de aerosol expelidas por uma pessoa doente. Isso ocorre durante a fala, a tosse ou o espirro. Por ser um microorganismo leve, o vírus Influenza circula pelo ar e pode ficar por um bom tempo fixado em mesas, maçanetas e outros locais.

Para o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, o comportamento desse vírus ressalta a importância da higiene das mãos na prevenção da doença. “Não há como saber se aquela maçaneta ou aquela barra de apoio do ônibus que você tocou está infectada ou não. Por isso é sempre melhor manter as mãos sempre bem higienizadas, se possível com álcool gel”, afirma.

Além disso, os ambientes fechados, comuns neste período do ano, também facilitam a transmissão dos vírus respiratórios. Sem as janelas abertas, o vírus fica incubado dentro de um mesmo ambiente, o que aumenta o seu poder de transmissão e seu tempo de sobrevida fora do organismo.