O Paraná conseguiu, neste ano, reduzir em 97% o número confirmações de casos de dengue. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) até o dia primeiro de setembro foram identificados 15.198 casos suspeitos da doença, sendo que desses, 902 foram confirmados – 725 casos autóctones e 177 importados. No mesmo período do ano passado, o Estado havia notificado 45 mil casos, dos quais, 24.542 foram confirmados como dengue.

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O técnico da equipe de coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue, Ronaldo Trevisan, afirmou que vários fatores contribuíram para esse cenário.

Entre eles, a redução no número de pessoas suscetíveis ao vírus da dengue do tipo 3 – que é o que está predominando neste ano -, redução no número de infestação predial, e temperaturas mais baixas ao longo do ano.

Esse último fator, ressaltou o técnico, não pode ser considerado como forma de controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue . “O frio não controla o mosquito. O que acontece é que as condições são menos favoráveis que no verão”, comentou.

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E a chegada da próxima estação já começa a preocupar da Sesa. Segundo Trevisan, o controle dos focos do mosquito precisa ser mais intenso a partir da primavera, principalmente nas regiões oeste e noroeste do Estado, onde as temperaturas médias anuais são superiores a 21 graus.

“Só temos dengue onde temos o mosquito. Por isso, é importante manter a vigilância nos locais onde existe o acúmulo de água”, comentou. Segundo levantamento do Sesa, 43% dos criadouros do mosquito são encontrados em embalagens descartáveis encontradas nos quintais das casas.

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Pelo último levantamento da secretaria, os municípios com maior incidência da doença são Tapira, localizado na região de Umuarama, com 65 casos; e Jaguapitã, próximo a Londrina, com 106 casos.