Paraná intensifica ações contra a rubéola

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, e o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, fizeram um apelo à população paranaense para aderirem à campanha de vacinação contra a rubéola, que segue até 15 de dezembro. Eles anunciaram, nesta segunda-feira (24), que a vacinação será reforçada em todo o País. O Paraná precisa vacinar mais 400 mil pessoas, entre 20 e 29 anos, para atingir 100% da população alvo da campanha.

“É importante que os 3 milhões de paranaenses que já se vacinaram continuem sensibilizados com o problema e que nos auxiliem no convencimento das outras 400 mil pessoas que ainda estão resistentes à vacinação”, pede o secretário Gilberto Martin.

“Mesmo quem já se vacinou em outros anos ou que já teve a doença deverá procurar os postos de vacinação. O Paraná precisa, agora, de uma imunidade de grupo”, ressalta o secretário Gerson Penna. De acordo com ele esta é uma campanha sem precedentes na história do Programa Nacional de Imunizações, que completou 30 anos em 2008. “Tudo para que não nasçam mais brasileiros e brasileiras com seqüelas devido à síndrome da rubéola congênita”, acrescenta.

Inédito

Penna lembra que, recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou a organização do Brasil em desenvolver uma campanha nacional de vacinação para o público adulto em um período eleitoral. Essa mobilização não é reproduzida em nenhum país do mundo, segundo ele.

O Ministério da Saúde está intensificando as ações na reta final de campanha, que termina em 15 de dezembro. A exemplo do que fez o Paraná, o Governo Federal também contará com apoio de clubes de futebol para sensibilizar a população. Santos e Grêmio são algumas das equipes já contatadas pelo Ministério da Saúde. No Paraná, Atlético Paranaense, Coritiba e Paraná Clube já entraram na campanha contra a doença, no início de agosto, quando começou a campanha.

O secretário Gilberto Martin também garante que o Estado está fortalecendo as ações. Na última quinta-feira (20), ele se reuniu com as 22 Regionais de Saúde, para que os diretores dessas unidades fortaleçam os contatos com prefeitos e secretários municipais de saúde, sobretudo onde há baixo nível de vacinação. Ações de conscientização e busca ativa de não-vacinados em locais de grande aglomeração estão sendo programadas.

Cobertura

No Paraná, a cobertura vacinal é de 87,85%. A 12.ª Regional de Saúde de Umuarama é a que registra maior adesão. Dos 21 municípios pertencentes àquela regional, 20 já atingiram a cobertura de 95%. Em seguida, vêm a 10.ª e a 19.ª regionais, de Cascavel e Jacarezinho, respectivamente, com a melhor cobertura. “Com as regionais partimos com estratégias que visam agregar ações individualizadas, como conversa com gestores municipais, e também com a disponibilização da estrutura das regionais de saúde para que juntos, municípios e Estado, possam conscientizar a população que ainda não se vacinou”, ressalta Martin.

Cinco dias depois do encerramento da campanha, o Governo Federal encaminhará o relatório final para a OMS. A partir disso, o País entra no ano de vigilância pós-campanha. Se a avaliação da OMS for favorável, em 2009, o país receberá o certificado de erradicação. “Depois da erradicação do sarampo, poliomielite e da varíola, a rubéola será a quarta doença erradicada de nosso território”, destaca Penna.

O principal objetivo de erradicar a rubéola é evitar que crianças nasçam com a síndrome da rubéola congênita, doença que acarreta ,danos irreversíveis como glaucoma, catarata, surdez e cardiopatias.

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