Paisagismo é a próxima etapa da Avenida Iguaçu

Está prevista para o dia 20 deste mês a entrega oficial das obras na Avenida Iguaçu, em Curitiba. De acordo com o diretor de pavimentação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Maurício Fanini, os próximos quinze dias serão dedicados à finalização do paisagismo e das calçadas e instalação dos tubos de ligeirinho. Por enquanto, as pessoas estão tendo que conviver com o pó, característico de obras e com homens trabalhando ao longo da via.

Há quem não acredite que será possível concluir as obras dentro do prazo previsto. O barbeiro Luís Carlos Gonçalves Matos acha que é difícil terminar tudo dentro do prazo. Segundo ele, a Prefeitura teria previsto seis meses de obras, ou seja, se elas iniciaram em 12 de janeiro teriam que ser concluídas em 12 de julho. De fato, este foi o prazo anunciado, mas Fanini diz que a entrega acontecerá 45 dias antes do previsto. Independentemente dos prazos estarem sendo cumpridos, não há dúvida que para os moradores e comerciantes que conviveram diariamente com os barulhos de máquinas e homens circulando para cima e para baixo, parece uma eternidade. “Acho que vai ficar bom, mas os moradores sentiram bastante as conseqüências”, desabafa a assistente social Maria Dulce Ribeiro. Segundo ela, a poeira constante que tomou conta da região, além de sujar a casa, prejudicou a saúde. “Minha garganta fica direto irritada, pois tenho rinite”, explica, dizendo que à noite, a rua fica tomada por uma “nuvem de pó”.

Apesar de acreditar que a obra trará melhorias para o bairro, inclusive com a instalação de pistas para caminhadas, Maria Dulce diz que os moradores tiveram bastante transtornos. No seu caso, ela cita outro exemplo: a calçada em frente à garagem ficou alta e, por duas vezes, a parte de baixo do automóvel encostou na mesma. “Não teve jeito. Meu marido foi lá e quebrou”, conta.

Calçada ou ciclovia?

A Prefeitura assegura que a calçada, colocada a menos de um metro da entrada dos estabelecimentos, é para caminhada. No entanto, comerciantes e moradores temem que a pista seja utilizada por ciclistas e patinadores, provocando atropelamentos. “Acho que a calçada ficou muito próximo da porta e é um risco grande se tiver passando um ciclista”, prevê o barbeiro Luiz Carlos. De fato, já está sendo possível flagrar ciclistas em confronto com pedestres. Há até quem acredite que a via é para ser usada por biclicletas. “É para ser para caminhada, mas vai acabar virando calçada”, deduz o pesquisador autônomo Carlos Eduardo Mendonça.

O vigilante Natal Mastrongello considerou ótima a idéia de ciclovia. “Agora a gente não precisa andar na rua, correndo o risco de se atropelado”, declarou. Mas segundo Fanini, serão instaladas placas proibindo a circulação de bicicletas, patins e skates. O impasse já foi lançado, por enquanto resta aos pedestres prestarem mais atenção quando caminharem pela calçada.

Além de temer por acidentes, a gerente de farmácia Lena Medeiros conta que já viu, nos dias das chuvas, as calçadas inundadas. “Ainda não estou vendo nenhum resultado nisso. A avenida considerada modelo, pelo menos aqui na frente, fica alagada quando chove”, revela.

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