A criação de um banco de dados contendo informações sobre a paisagem urbana da Rua XV e um levantamento de 42 edifícios que são unidades de interesse de preservação são as propostas que estão sendo desenvolvidas por uma equipe de arquitetos de uma empresa de Curitiba. A ArquiBrasil apresentou o projeto de levantamento e diagnóstico da Rua XV para a Prefeitura, conseguindo apoio através da Lei de Incentivo à Cultura.
Esse trabalho inédito começou a ser desenvolvido no começo da semana e, de acordo com a arquiteta responsável pelo projeto, Jussara Valentini, deve durar aproximadamente cinco meses. Serão realizados o levantamento de todas as edificações, análise de cada planta, agrupamento de fotos, gravação em CD e estruturação das informações. Até o momento, as fachadas das edificações foram analisadas e arquivadas. Ainda falta registrar e levantar as plantas dos edifícios e as condições das estruturas internas.
As estruturas analisadas pela equipe de arquitetos vão desde a Praça Osório até a Rua Presidente Faria. Ela explica que, fazendo essa leitura do espaço físico da Rua XV, o projeto servirá como fonte de consulta para pesquisadores e poderá subsidiar ações de órgãos responsáveis pela preservação do patrimônio cultural da cidade. “É uma documentação histórica. Essa análise nunca foi feita e pode trazer bens futuros, fazendo parte da história”, diz Jussara.
Serão feitos 50 exemplares do banco de dados gravados em CD-Rom, que posteriormente vão ser encaminhados para órgãos públicos, como Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Casa da Memória, Secretaria de Estado da Cultura, Secretaria Municipal de Urbanismo e Fundação Cultural de Curitiba, além dos proprietários dos imóveis da Rua XV que fizeram parte do projeto.
Cópias em papel contendo textos analíticos, fichas, fotos e desenhos do levantamento também farão parte do arquivo público. “O mais importante dessa iniciativa, é que qualquer pessoa poderá ter acesso a esse banco de dados em qualquer órgão público. É um registro das edificações históricas em 2004, após tantos anos de funcionamento na Rua XV”, completa a arquiteta.