Paga ou espera. Este é o dilema vivido por pacientes

Conseguir consultas e procedimentos eletivos pelos planos de saúde será a missão mais complicada até dia 26, data prevista para o fim da suspensão do atendimento dos médicos aos pacientes encaminhados por mais de 40 operadoras. A adesão à paralisação é uma incógnita para a Associação Médica do Paraná (AMP) e o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) devido à dificuldade de acompanhamento da atividade em cada consultório. De qualquer forma, restam duas alternativas aos usuários que tiveram a consulta adiada por causa da paralisação: esperar ou desembolsar no mínimo R$ 100 por consulta com especialista.

Na opção de esperar, o usuário pode simplesmente aguardar o fim da paralisação e mais o tempo de serviço acumulado para conseguir agenda ou recorrer à saúde pública. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 87% das consultas com especialistas são realizadas em até 90 dias. As especialidades mais disputadas são ortopedia e neurologia. Para fazer o agendamento com o especialista, primeiro precisa passar pelo clínico geral. Mas o atendimento com o clínico leva no máximo uma semana.

Reajuste

No primeiro dia de paralisação, Amil e Golden Cross apresentaram propostas de reajuste aquém do considerado “aceitável” pela categoria. A AMP reivindica R$ 100 para a consulta eletiva. Na prática, as operadoras que pagam na faixa de R$ 80 estão sendo atendidas. É o caso da Fundação Copel, Fundação Sanepar e o plano de autogestão da Itaipu Binacional. Também ontem, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba informou que mediará as negociações entre os planos e os médicos com vistas a minimizar o “prejuízo a número considerável de consumidores, e diante da notícia que as entidades envolvidas não chegaram a qualquer tipo de acordo”.

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