O telefone público pode parecer um aparelho em desuso, outdoor de pornografia, mas em muitos locais ainda é útil e necessário. Regiões com poucos recursos, onde a tecnologia dos celulares e internet ainda são falhos, os orelhões dão charme nostálgico e de grande importância. Em Curitiba são 12 mil orelhões, para média de 1,3 milhões de celulares. Mas, ainda assim, tem espaço assegurado em muitas comunidades.

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Na Rua Tereza de Freitas Tavares, no Campo do Santana, os moradores fazem do orelhão uma das maiores benfeitorias da via onde moram. Sem asfalto, muito mato e iluminação pública parcial, o orelhão é o “xodó” dos moradores. “Eu já usei o aparelho várias vezes. Meu telefone ficou mudo e esqueço de carregar o celular, então apelo para o orelhão”, conta a dona de casa Sirley Félix Ribeiro, de 39 anos.

A dona de casa disse que o telefone chega a ser atração do local. Muitas pessoas aparecem para fotografar, até pelo fato da falta de cuidados da prefeitura, que não faz a limpeza no entorno do aparelho.

“É uma pena que a prefeitura deixe isso assim. Se não fosse todo este matagal, as pessoas usariam mais o orelhão”, reclama Sirley.

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Abandono

O orelhão fica em frente ao terreno abandonado, onde antes funcionava um pesque-pague, outro fator que dava mais utilidade ao aparelho. “Muita gente usava antes, agora é menos. Mas não queremos que tirem nosso orelhão daqui, só pedimos a limpeza do local ou que o coloquem do outro lado da rua que cuidamos da limpeza”, diz Sirley.

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