ONU discute tecnologia no atendimento a cidadão

O uso da tecnologia na administração pública e no atendimento social ao cidadão. Esses são os principais temas em discussão no Fórum Regional da Sociedade de Informação de Cidades e Governos Locais da América, que está acontecendo em Curitiba. O evento, que começou ontem e termina amanhã, é promovido pela Agência das Nações Unidas para Pesquisa e Treinamento (Unitar), em parceria com a Prefeitura, como preparação para a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, que acontecerá em dezembro, em Genebra.

Participam do evento representantes de governos e prefeituras dos países da América Latina e Caribe. Na oportunidade serão apresentados trabalhos desenvolvidos por nove países. Entre as experiências brasileiras estarão os programas da Prefeitura de Curitiba que usam a tecnologia de informação para área da saúde, assistência social e atendimento eletrônico, além da inclusão digital nas comunidades da Amazônia, telecentros de Porto Alegre, e a internet e a erradicação do trabalho infantil de Maringá.

A inclusão digital como ferramenta para a redução das desigualdades sociais é o que defendem os participantes do Fórum. Para o prefeito Cássio Taniguchi, o evento é uma oportunidade para os países latino-americanos mostrarem que não se desenvolvem à margem do primeiro mundo. “Admitimos que existem disparidades econômicas que nos separam de alguns países, porém estamos trabalhando para mudar alguns aspectos que podem diminuir essas diferenças”, comentou. O prefeito também defendeu uma parceria entre os países com a indústria da informática, para viabilizar o acesso da tecnologia às nações em desenvolvimento.

O diretor do programa de capacitação descentralizada da Unitar, Christophe Nuttall, ressaltou que é preciso mostrar o que vem sendo feito para transformar a realidade atual, e difundir entre os país. Ele comentou que Curitiba é referência internacional na modernização da administração pública e no atendimento social ao cidadão. Já o representante do governo Basco e conselheiro do Cifal (Centro Internacional de Formação de Autoridades Locais) de Bilbao, Espanha, José Ignácio Zudaire disse que é preciso formar uma rede onde todos as cidades possam compartilhar suas experiências

O diretor do Fórum da Sociedade da informação de Lyon, França, Pierre-Alain Mullet também defendeu essa idéia, e disse que a internet em 2002 era acessada por seis milhões de usuários, porém apenas em 40% dos lares da Europa, 6% na América Latina e 1% na África. “Podemos criar uma sociedade rica em comunicação e respeito mútuo: basta para isso uma integração”, propôs.

Para a diretora da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, Louise Lassonde, o grande desafio mundial é passar de uma sociedade industrial para uma sociedade onde o conhecimento seja um mecanismo de transformação, usando a criatividade da sociedade para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

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