O preço da passagem de ônibus em Curitiba e das linhas metropolitanas vai subir para R$ 1,40 a partir deste domingo. O aumento é atribuído à alta dos combustíveis. A decisão foi tomada ontem pelo prefeito Cássio Taniguchi, após avaliar a planilha de custos apresentada pela Urbs, que apontava déficit de R$ 1,83 milhão.
De acordo com o diretor de Transportes da Urbs, Euclides Rovani, a alta dos combustíveis está acumulada em 34,33% desde o início do ano, gerando um custo adicional ao sistema de R$ 2,13 milhões. O déficit até maio estava sendo controlado com as medidas de contenção, entre elas a redução de horários em 80 linhas de ônibus nos finais de semana. Mas, com o último aumento, no dia 1º de julho de 9,5%, o sistema não estaria mais suportando.
De acordo com os estudos da Urbs, a passagem deveria custar R$ 1,43 para que a planilha fosse equilibrada, com isso o valor a princípio tinha sido definido em R$ 1,45. Mas a prefeitura autorizou somente o aumento de R$ 0,05. Para suprir a falta dos R$ 0,03, Rovani afirma que a empresa vai adotar mais medidas de contenção. A empresa espera também que aumente o número de usuários, compensando a diferença. De acordo com Rovani, historicamente, cresce o número de passageiros nos últimos meses do ano. Mas, se isto não ocorrer, outras linhas com pouco fluxo podem perder horários e os microônibus podem ocupar o lugar dos convencionais.
“Menos o salário”
Os passageiros criticam o aumento. “Não é justo. Tudo sobe, menos o salário. Está muito caro para a gente ficar horas e horas esperando”, reclama Simone Biseski, de 24 anos. Weslei Leandro Ribeiro dos Santos, 19, acaba de ficar desempregado e está preocupado. “Antes eu tinha o vale transporte, agora não tenho mais”, diz. Além disso ele reclama que a partir das 9h e fins de semana quase não tem ônibus.
Iara de Castro, 36, tem a mesma opinião. “O que deveria aumentar é o número de veículos. Quando vem, está cheio. A gente paga para ir sentado, não em pé”, afirma.
