Ônibus atola duas vezes na Estrada da Ribeira

Quase 24 horas atolados. Essa foi a situação enfrentada por dezesseis passageiros e o motorista do ônibus da Empresa Viação Cerro Azul Ltda., que seguia para Adrianópolis na tarde de domingo. O veículo saiu de Curitiba e, no quilômetro 23 da Estrada da Ribeira (BR-476), devido às fortes chuvas e às condições precárias do local, ficou atolado, tendo que esperar amanhecer para ser retirado.

Segundo o diretor da empresa, Dorival Piccoli, às 10h, com ajuda de máquinas de trator, o veículo foi rebocado e conseguiu seguir viagem por mais 13 quilômetros. Mas atolou novamente no quilômetro 10. Os passageiros foram retirados do local por caminhonetes fretadas pela empresa de ônibus, e o veículo só foi retirado da estrada às 15h30.

“Isso é normal. Toda vez que chove, alguém fica atolado. O negócio é que não podemos depender da previsão do tempo para podermos ir até Curitiba. É ridículo ter que esperar um dia depois que a chuva pára antes de colocar o carro na estrada”, protesta Dorival. Ele encaminhou um documento para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), explicando a situação da estrada e a revolta dos moradores.

Após o início das obras de pavimentação, há cerca de três anos, 54 dos 94,5 quilômetros da rodovia foram concluídos. No restante do percurso, 16 quilômetros estão sendo preparados para receber o asfalto. Nos 24 que sobram, uma das empreiteiras responsáveis pela obra está realizando os trabalhos de bueiros e drenagem da pista, antes do início do processo de terraplenagem. “Com as fortes chuvas, os bueiros prejudicaram ainda mais a passagem dos veículos. Iriam colocar cascalho para melhorar a situação, mas isso não ocorreu, e agora tudo virou um lamaçal”, alerta Picolli.

O diretor da empresa também informou que, no ponto de embarque da cidade, vários passageiros revoltados ameaçaram colocar fogo no ônibus caso ele não saísse no horário das 12h30, a caminho de Curitiba. O ônibus seguiu viagem e chegou à capital sem problemas. A reportagem entrou em contato com o DNIT, mas não obteve resposta sobre o caso.

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