ONGs no Paraná não são fiscalizadas

Ainda não existem estudos que indiquem quais são as instituições do terceiro setor que atuam corretamente no Paraná. Muitas delas recebem recursos provenientes de doações, porém, não os destinam de forma a ajudar aqueles que realmente precisam. O mapeamento desses locais foi discutido ontem, em Curitiba, numa reunião feita entre órgãos ligados à fiscalização do terceiro setor no Paraná.

Anderson Tozato
Cibele: “Banco de dados”.

Esta é a terceira vez que o encontro acontece. Para a promotora do Ministério Publico (MP), Cibele Resende, “a ação pretende criar um banco de dados onde será possível identificar quais são as instituições sérias e quais não são. É importante para quem doa saber se sua ajuda está sendo investida corretamente ou não.

Além disso, as organizações que não trabalham seriamente acabam atrapalhando aquelas que têm a real intenção de ajudar quem precisa”, diz. Para a também promotora do MP, Isabel Guerreiro, “é um compromisso de todo o cidadão conhecer qual instituição é correta”, acrescenta.

De acordo com a coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Estudo sobre o Terceiro Setor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ana Lúcia Jansen Mello de Santana, “a reunião representa a junção dos interesses de todas as instituições que participam na regulamentação do terceiro setor. No encontro damos um tratamento voltado às questões éticas na atuação dessas organizações no Paraná”, explica.

Anderson Tozato
Isabel: “É um compromisso”.

Três vertentes envolvem a regulamentação do terceiro setor no Estado. “A primeira delas é o mapeamento das atuações das Ongs no Estado. A segunda visa à realização de um controle social de todas as ações desenvolvidas pelas mesmas, e a terceira, diz respeito à criação de um fórum permanente para a discussão dos assuntos que envolvem as instituições no Estado”, conta.

Além da UFPR e do MP, participaram do encontro membros do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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