ONG quer posse responsável

Entidades de defesa dos animais estimam que haja cerca de 430 mil cães espalhados pelas ruas de Curitiba. Soltos, eles correm o risco de serem atropelados, passam fome, ficam expostos a sol e chuva e ainda colocam em risco a saúde e o bem-estar dos seres humanos.

Com o objetivo de mudar essa realidade, integrantes da Associação de Proteção e Bem Estar Animal (Probem), da Sociedade Protetora dos Animais, da SOS Bicho e de outras organizações não governamentais ligadas a causa dos animais realizaram, ontem, uma passeata pela Boca Maldita alertando a população sobre posse responsável.

Com faixas e cartazes, os manifestantes pediam a aplicação imediata da Lei Municipal 11.472, de 14 de julho de 2005, que cria a campanha de controle populacional de cães e gatos na capital. ?A lei existe há três anos, mas infelizmente nunca foi colocada em prática. Ela garante a esterilização de cães e gatos pertencentes à população de baixa renda e programas permanentes de educação relativa à posse responsável?, afirmou a presidente da Probem, Mirian Gotin.

Os participantes da passeata também defendiam um maior controle sobre o comércio de animais de estimação. A presidente da Sociedade Protetora, Soraya Simon, criticou o fato de hoje todo mundo poder cruzar cães e gatos e vender os filhotes de forma indiscriminada. ?A proteção dos animais compete à coletividade e ao poder público. Infelizmente, muita gente ainda adquire filhotes e abandona os animais depois que eles crescem. Tudo isso poderia ser sanado com educação?.

Segundo as Organizações Não-governamentais, acredita-se que 80% dos cães vistos nas ruas tenham dono, permanecendo soltos durante o dia e voltando para casa no período da noite. Por isso, outra medida defendida pelas ongs é a colocação de plaquetas ou chips de identificação em todos os animais da cidade. Dessa forma, seria mais fácil punir as pessoas responsáveis por questões ligadas a abandono, descaso e negligência em relação aos bichos.

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