Oito vítimas de fogo em ônibus na Bahia estão internadas

Oito dos 14 feridos no incêndio ocorrido em um ônibus urbano da empresa Vitral, que fazia nesta segunda-feira (21) a linha Sussuarana – Barra em Salvador (BA) continuam internados, todos em estado grave. Entre eles, há duas crianças de 10 e 11 anos. Segundo a Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), o fogo começou por volta das 17h30, na Avenida Antonio Carlos Magalhães, uma das mais movimentadas da capital baiana. De acordo com o motorista do ônibus, Cassiano Souza Silva, havia mais de 60 passageiros no veículo quando o fogo começou. Houve tumulto e gritaria dentro do ônibus. Pessoas quebraram as janelas para sair do coletivo. Os feridos foram transferidos para o Hospital Geral do Estado (HGE) em ambulâncias.

Segundo o diretor do HGE, André Luciano de Andrade, é necessário esperar 72 horas para determinar quão crítico é o estado de saúde dos feridos. De acordo com ele, há casos de pacientes com mais de 70% do corpo queimado. "Em casos de queimaduras extensas como este, é preciso ficar atento à evolução do quadro clínico dos pacientes, porque eles podem sofrer uma série de complicações", afirma. "Na maior parte destes casos, as queimaduras são de segundo e terceiro graus, as mais graves."

A polícia ainda não sabe determinar o que causou o incêndio, nem se ele foi acidental ou criminoso. Suspeita-se que o fogo tenha começado em uma lata de verniz encontrada no fundo do coletivo. Especula-se que, na embalagem, houvesse solvente. O laudo da polícia técnica deve ser concluído em dez dias. O delegado Wilson Gomes, da 16.ª Delegacia, à frente do caso, começou a ouvir passageiros do ônibus hoje. Ele considera que o depoimento do cobrador do veículo, Arthur Luiz Barreto, é o mais importante.

"Ele estava perto de onde o fogo teve início e tinha uma visão privilegiada do local", pondera. Nobre diz também acreditar que o responsável pelo fogo esteja entre os internados. Barreto diz não ter notado o momento exato do início do incêndio. "Vi um homem, com a mulher e duas crianças, entrarem no ônibus com algumas latas – acho que eram de verniz -, mas depois só vi a fumaça e o fogo. Todo mundo começou a se empurrar e eu saí pela janela.

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